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António Costa vai ao matadouro do Porto consignar 40 milhões da Mota-Engil
A consignação da obra de reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, concessionado à construtora da família Mota (e da chinesa CCCC, em breve), está marcada para esta quarta-feira e contará com a presença do primeiro-ministro.
O projeto de reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, que recebeu luz verde do Tribunal de Contas em abril passado, mais de um ano depois do recurso apresentado pela Câmara do Porto em relação ao chumbo do visto prévio, vai finalmente entrar em obra.
A assinatura do auto de consignação da empreitada está marcada para esta quarta-feira, 21 de outubro, com as presenças do presidente da autarquia, Rui Moreira, e de Carlos Mota Santos, administrador da Mota-Engil, numa cerimónia que contará também com o primeiro-ministro António Costa.
Em causa está uma obra cujo investimento está estimado em 40 milhões de euros, que será suportado na íntegra pelo concessionário privado, a Mota-Engil, que é maioritariamente detida pela família Mota (e, em breve, pela chinesa CCCC, conforme anunciado recentemente pelo grupo português).
No antigo matadouro, desativado há cerca de 20 anos, vai nascer uma área para a instalação de empresas, galerias de arte, museus - é ali que vai ficar, por exemplo, o futuro Museu da Indústria -, auditórios e espaços para acolher projetos de coesão social naquela que é a zona mais desfavorecida do Porto.
O projeto, que tem a assinatura do arquiteto japonês Kengo Kuma e foi feito em parceria com os portugueses da Ooda, tem como elemento marcante a rua pedonal coberta, que atravessa o espaço de ponta à ponta, ligando ao jardim suspenso sobre a Via de Cintura Interna (VCI) que dará acesso à estação de metro do Estádio do Dragão.
Além de ser responsável por todo o investimento, a Mota-Engil fica obrigada a cumprir o programa delineado pela autarquia nos próximos 30 anos. No final desse período, o equipamento regressa à esfera municipal.
À autarquia, que ocupará uma parte do antigo matadouro, cabe a realização de projetos de dinamização cultural, de envolvimento da comunidade e afetos à coesão social.