Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

António Costa anuncia "novo incentivo fiscal" à recuperação das empresas

O primeiro-ministro adiantou que este "instrumento interno" será complementar ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no apoio ao investimento empresarial.

Governo antecipa que meta de ter 85% dos portugueses vacinados seja atingida “na próxima semana”.
António Pedro Santos
11 de Outubro de 2021 às 18:08
  • ...
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta segunda-feira que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) que vai ser esta segunda-feira entregue na Assembleia da República prevê um "novo incentivo fiscal" à recuperação das empresas.

"O Orçamento de Estado que vai ser hoje apresentado na Assembleia da República prevê um novo incentivo fiscal à recuperação de forma a dar um apoio suplementar às empresas para poderem investir. É um forte incentivo para que investiam no sentido da recuperação e da sua capitalização", afirmou António Costa.

O primeiro-ministro, que falava na cerimónia de lançamento da primeira pedra na nova fábrica da BorgWarner no parque empresarial de Lanheses em Viana do Castelo, adiantou que este "instrumento interno" será complementar ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no apoio ao investimento empresarial.

Em entrevista ao Negócios, o vice-presidente da bancada do PS, João Paulo Correia, já tinha avançado que as medidas de apoio criadas para responder ao impacto da pandemia vão prolongar-se para 2022, pelo menos para os setores mais afetados. O socialista explicou igualmente que estaria previsto um alívio fiscal para as empresas por via dos incentivos.

Segundo o chefe do Governo, Portugal dispõe de sete mil milhões de euros do PRR "destinados exclusivamente às empresas, em geral, e às indústrias, em particular". Destacou o programa Agendas Mobilizadoras que pretende "fomentar a realização de consórcios entre empresas, centros de conhecimento e autarquias para a criação de novas áreas de negócio, novos serviços e novos produtos".

"Até ao passado dia 30, [final do prazo de candidaturas ao programa Agendas Mobilizadoras], contaram-se 140 manifestações de interesse no valor de 14.500 mil milhões de euros. Isto demonstra capacidade de iniciativa, espírito empreendedor, resposta das empresas aos desafios do futuro", acrescentou António Costa.

A nova fábrica da BorgWarner em Viana do Castelo representa um investimento de 25 milhões de euros que criará mais de 300 novos postos de trabalho. Trata-se do terceiro investimento da multinacional americana na capital do Alto Minho onde já emprega cerca de mil trabalhadores.

Em julho, a Câmara de Viana do Castelo decidiu isentar a Borgwarbner do pagamento do Imposto Municipal Sobre Transações Onerosas de Imóveis (IMT) pela aquisição, à empresa Enerconpor-Energias Renováveis de Portuga de uma parcela de terreno, com 78 mil metros quarados, no parque empresarial de Lanheses, pelo valor de 4,3 milhões de euros. A isenção do IMT pela transmissão do direito de propriedade do terreno orçou em 279.500 euros.

O projeto da terceira fábrica da BorgWarner em Viana do Castelo foi apresentado em abril. A unidade, já em construção, vai começar a produzir motores elétricos para o setor automóvel em 2023. Na altura, o gerente em Portugal, Ricardo Moreira, explicou que o novo investimento resulta da aposta na transição energética, estimando que em 2030 "45% do negócio da BorgWarner estará centrado na produção de motores elétricos".

O responsável adiantou que "a nova fábrica será a terceira na Europa deste setor de negócio e irá produzir motores elétricos para clientes europeus do grupo". Atualmente, em Viana do Castelo a Borgwarner tem um volume de negócios de 170 milhões de euros, prevendo-se a duplicação deste valor, com o novo investimento".

A multinacional instalou-se em Portugal em 2004 e na capital do Alto Minho em 2014, num investimento de 25 milhões de euros e na altura estimava criar 500 postos de trabalho. O grupo é líder mundial de produtos em soluções de tecnologia limpa e eficiência para veículos de combustão, híbridos e elétricos. Com fábricas e instalações técnicas em 96 localizações em 24 países, a empresa emprega cerca de 50.000 pessoas. Tem um volume de faturação anual de 10 milhões de dólares, sendo que "um terço do seu negócio está instalado na Europa".
Ver comentários
Saber mais António Costa IMT OE2022 Assembleia da República Viana do Castelo
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio