Notícia
Antigo presidente da WorldCom condenado a 25 anos de prisão
Bernard Ebbers, antigo fundador e presidente da WorldCom, foi hoje sentenciado a 25 anos de prisão, acusado de ter arquitectado a maior fraude contabilística da história dos Estados Unidos, num esquema de 11 mil milhões de dólares que veio a originar a fa
Bernard Ebbers, antigo fundador e presidente da WorldCom, foi hoje sentenciado a 25 anos de prisão, acusado de ter arquitectado a maior fraude contabilística da história dos Estados Unidos, num esquema de 11 mil milhões de dólares que veio a originar a falência da empresa.
O executivo já tinha sido considerado culpado, de ter ordenado a subordinados que mascarassem as contas da empresa entre 2000 e 2002, de modo a inflacionar as receitas e esconder dívida.
Depois de descoberta a fraude contabilística, a WorldCom, que chegou a ser a segunda maior empresa de telecomunicações fixas dos Estados Unidos, foi à falência, no maior colapso de uma empresa norte-americana.
A sentença de Ebbers está em linha com as já conhecidas e que envolvem executivos envolvidos na série de escândalos que abalou Wall Street em há três anos atrás. John Rigas foi condenado a 15 anos de prisão e o seu filho a 20 anos, devido à falência da Adelphia Communications.
Estas sentenças, segundo os especialistas, visam deixar um alerta no mercado que as fraudes contabilísticas nos EUA são alvo de penas pesadas, de modo a evitar que a série de escândalos não se volte a repetir.
Os júris do tribunal que sentenciou Ebbers consideraram o executivo culpado de conspiração, de fraude com valores mobiliários, e o envio de comunicados falsos à SEC, entidade que regula os mercados de capitais nos Estados Unidos.
Ebbers, de 63 anos, já anunciou que vai recorrer para um tribunal superior. O responsável fez um pedido de indulgência, citando os problemas de saúde com o coração e os 96 milhões de dólares doados para caridade.
Ebbers não foi condenado a pagar nenhuma multa, apesar de ter sido acusado de causar perdas de 2,22 mil milhões de dólares aos antigos accionistas da empresa.
À parte deste julgamento, Ebbers tinha aceite pagar 45 milhões de dólares – quase a totalidade do seu património – para resolver disputas legais interpostas pelo Governo, antigos empregados e accionistas.
Para o sucesso da acusação neste caso contribuiu o testemunho do ex-CFO Scott Sullivan, que aceitou considerar-se culpado e divulgar todos os factos da fraude em tribunal. A sua sentença vai ser lida a 4 de Agosto.