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Antiga URSS “dá corda” aos sapatos de ex-autarca de Famalicão

A produtora de calçado ACO, detida por Armindo Costa, ex-presidente da Câmara de Famalicão, tem duas fábricas em Portugal e outra em Cabo Verde, emprega mais de 800 pessoas e facturou 35 milhões de euros em 2017, mais 8% do que no ano anterior.

A ACO liderada por Armindo Costa detém três fábricas e emprega mais de 800 pessoas.
25 de Janeiro de 2018 às 11:43
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O 25 de Abril de 1974 apanhou Armindo Costa a trabalhar, como director industrial, na fabricante de sapatos Novotex, em Cascais. Para fugir ao "Verão Quente" que se seguiu e toda a agitação social e política que fervilhava junto do tecido industrial da região de Lisboa, decidiu regressar a Famalicão em 1975 e tornar-se empresário de calçado.

 

Fundou então a ACO, que nasceu num pequeno armazém situado na freguesia famalicence de Mogege e é hoje um dos maiores impérios do sector em Portugal. Detém três fábricas e emprega cerca de 810 pessoas - 400 nas instalações industriais em Famalicão, 150 na fábrica de Ponte de Lima e 260 na unidade que explora na ilha de S. Vicente, em Cabo Verde.

 

Especializada em calçado de conforto, a ACO Shoes produz cerca de 1,5 milhões de pares de sapatos por ano, ou seja, mais de cinco mil pares por cada dia útil, tendo fechado 2017 com uma facturação na ordem dos 35 milhões de euros, que foram gerados nas vendas para um total de 35 países dos cinco continentes.

 

As exportações de calçado para a Rússia, assim como para outras antigas repúblicas da URSS e países da Europa de leste são responsáveis pelo crescimento global de 8% da facturação da ACO em 2017 face ao ano anterior. O mercado russo vale 40% do total das vendas registadas nessa região do Velho Continente, as quais representam 13% da facturação consolidada do grupo.

 

"Cinco anos depois de termos entrado nos mercados do leste da Europa atingimos a consolidação, sendo de salientar as exportações para a Rússia e diversos países da antiga URSS", salienta Armindo Costa, em comunicado.

 

"Numa época que foi de crise nos mercados tradicionais, o investimento feito pela ACO nos mercados no leste da Europa foi uma aposta ganha. Conseguimos manter as exportações para os mercados tradicionais e conseguimos subir as nossas vendas na Europa de leste", explica Armindo Costa, que foi presidente da Câmara de Famalicão entre 2002 e 2013.

 

"Países do leste da Europa, como a Letónia, a Eslovénia, a República Checa, a Bielorrússia, a Moldávia ou a Lituânia são mercados em crescimento, onde o poder de compra tem aumentado e cujos consumidores começam a valorizar o conforto e a qualidade do calçado produzido pela ACO", afirma, por seu turno, Fernando Costa, responsável pelas vendas internacionais da empresa.

 

Para este ano, a ACO pretende apostas "em novos produtos de alto valor acrescentado, designadamente com a criação de um calçado mais técnico, que se insere numa estratégia virada para o mercado português".

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