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Analistas: Resultados domésticos da PT com "tendências encorajadoras"

Os analistas destacam os resultados obtidos pela Portugal Telecom no mercado doméstico, com as receitas a superarem as estimativas. Já os números da Oi, a participada brasileira, ficaram aquém do esperado.

02 de Agosto de 2012 às 13:06
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A Portugal Telecom anunciou esta quinta-feira, antes do início da sessão, os seus resultados relativos aos primeiros seis meses do ano. A operadora registou uma queda de 40,9% dos resultados líquidos para 125,2 milhões de euros.

As receitas aumentaram em 25,3% para 3,34 mil milhões de euros e o EBITDA cresceu 14,1% para 1,14 mil milhões de euros.

No segundo trimestre, lucrou 68,8 milhões de euros, menos 16,5% do que em igual período do ano passado, o que compara com a queda de 25,9% estimada pelo consenso dos analistas.

BPI destaca os resultados domésticos acima das expectativas

“A Portugal Telecom publicou receitas e EBTIDA 1% acima dos nossos números e 2% acima do consenso, com os resultados domésticos a revelarem receitas em linha com, os nossos números, mas o EBITDA superou em 2,4%”, começam por afirmar os analistas do BPI.

Os mesmos especialistas relembram que os números da participada Oi ficaram “ligeiramente abaixo das nossas estimativas, mas a empresa reiterou as suas metas para este ano”.

“Na sequência deste conjunto de resultados, acreditamos que o mercado reforça a confiança na capacidade da PT em continuar a compensar a quebra das receitas no mercado doméstico, mas não antecipamos grandes alterações no consenso, que deverá continuar do lado conservador até que tenha mais visibilidade no Brasil”, concluem os analistas Pedro Pinto Oliveira e João Urbano.

A recomendação do BPI é de “comprar” e o preço-alvo de 5,30 euros.

“Tendências domésticas encorajadoras”, diz o UBS

Os analistas do UBS consideram as operações portuguesas da companhia “muito sólidas”. No fixo, as tendências melhoraram, com as receitas a crescerem 5,2% face ao período homólogo, no segundo trimestre. Já o móvel sofreu o impacto “da fraqueza macroeconómica”.

Quanto à Oi, os seus números ficaram em linha com o consenso, mas “desapontaram nas metas e na elevada dívida líquida”.

A equipa de “research” do banco suíço confere uma recomendação de “neutral” e um preço-alvo de 3,50 euros à companhia.

Produtos de “Pay-TV” são o aspecto destacado pelo Bank of America/Merrill Lynch

Ao olharem para os números da operadora portuguesa, os analistas do Bank of America/Merril Lynch sublinham que “a parte impressionante é o quão bem os seus produtos de ‘Pay-TV’ se estão a comportar, ajudados pelo facto de que há apenas três canais”.

O banco de investimento realça que a maior questão para a PT continua a ser a sua dívida líquida, que atingiu os 7,6 mil milhões de euros.

“Desempenho estável no mercado doméstico”

Os analistas do Millennium Investment Banking (IB) sublinham que as receitas, o EBITDA e o resultado líquido ficaram acima das suas previsões. “As receitas foram melhor do que as estimativas devido às maiores receitas no Brasil (taxa de câmbio e impacto dos ajustamentos de consolidação”, acrescentam os especialistas. Já, em Portugal, as receitas ficaram em linha com as suas estimativas.

A analista Alexandra Delgado recomenda “comprar” as acções da PT, as quais avalia em 6 euros.

Margem EBITDA “positiva” é o aspecto realçado pelo CaixaBI

“Os resultados da Portugal Telecom mostram a tendência que tínhamos antecipado, e com um resultado mais positivo do que antecipado em termos da margem EBITDA e resultado líquido”, afirma Guido Varatojo dos Santos, analista do Caixa BI.

No segundo trimestre, o resultado líquido foi de 68,8 milhões de euros, superando as previsões do Caixa BI de 52,9 milhões de euros, devido “ao maior EBITDA, menores depreciações e amortizações e, principalmente, a uma contribuição positiva de ‘outros custos (receitas)’ devido à compensação líquida estimada a receber pela PT por custos suportados em anos anteriores com o serviço universal”.

O CaixaBI atribui um “rating” de “comprar” e uma avaliação de 5,30 euros às acções da operadora.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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