Uma notícia que os analistas consideram “positiva” para a operadora, sobretudo depois das mudanças na sua política de remuneração accionista.

A companhia anunciou que efectuou a renegociação de uma linha de crédito, que diz ser a sua mais relevante, alargando a sua maturidade de Março de 2014 até Julho de 2016. Com a alteração desta linha de crédito, que passa a ter um montante de 800 milhões de euros (contra os anteriores 1,2 mil milhões de euros), a PT “encontra-se totalmente financiada até Junho de 2016”.

“Embora as condições implícitas nesta renegociação não tenham sido reveladas, acreditamos que esta transacção é um passo positivo pois permite à empresa alargar o seu perfil de maturidade de dívida e deixa a PT numa posição muito confortável em termos de liquidez”, sublinha Nuno Matias, analista do Espírito Santo Investiment Bank (BESI).

Este banco de investimento recomenda “comprar” as acções da operadora às quais atribui um preço-alvo de 4,80 euros.

Guido Varatojo dos Santos, analista do Caixa BI, lembra que “esta renegociação está em linha com os mais recentes esforço por parte da PT de aliviar algumas das preocupações à volta dos seus níveis de dívida e necessidades de refinanciamento”.

Também na semana passada, a empresa liderada por Zeinal Bava anunciou uma nova política de dividendos, para os próximos três anos, que representa um corte de 50% face à anterior.

“Numa altura em que os rácios de dívida e as necessidades de refinanciamento da PT são o centro das atenções, achamos que o anúncio da extensão desta linha de crédito é bastante positivo e deve retirar alguma pressão sobre a empresa”, refere o especialista do Caixa BI que atribui um “rating” de “comprar” e uma avaliação de 5,30 euros para a empresa.

Já Pedro Pinto Oliveira e João Urbano, analistas do BPI, consideram esta notícia “neutral a positiva”. “Na sequência da revisão da remuneração accionista da empresa e do anúncio do lançamento de uma emissão de dívida no mercado de retalho no valor de cerca de 250 milhões de euros que tornaria a empresa totalmente financiada até 2015, este é outro passo da empresa para manter a sua situação de financiamento muito sólida”, sublinha o BPI.

Este banco de investimento recomenda “comprar” as acções da operadora, as quais avalia em 5,30 euros.

A PT segue a valorizar 1,01% para os 3,49 euros.