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Algas e líquenes podem ajudar a produzir biocombustível

Uma solução para os problemas energéticos do mundo poderá residir numa alga chinesa que está a ser cultivada nos laboratórios da Novozymes.

07 de Novembro de 2008 às 18:09
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Uma solução para os problemas energéticos do mundo poderá residir numa alga chinesa que está a ser cultivada nos laboratórios da Novozymes.

Os cientistas chineses, brasileiros, dinamarqueses e norte-americanos daquela empresa dinamarquesa estão a testar algas e líquenes para descobrirem uma matéria-prima que transformará o sabugo da espiga de milho e o caule da cana-de-açúcar em biocombustível.

Uma alternativa financeiramente acessível à gasolina, criada a partir dos desperdícios daquelas matérias-primas agrícolas, acabaria com as preocupações de que a avidez global por energia faça subir fortemente os preços dos alimentos em todo o mundo, já que muitas plantações são desviadas para a produção de biocombustível em vez de se destinarem à alimentação humana e animal.

A Novozymes anunciou que vai ter a resposta até 2010, chegando ao mercado antes da sua concorrente mais próxima, a Danisco.

“Não vamos solucionar o actual problema da escassez de energia com alimentos”, afirmou à Bloomberg um gestor de fundos da DnB Nor Asa, Pe-Henrik Graesberg, que está a pensar comprar títulos da Novozymes. “O biocombustível de segunda geração é uma das principais razões para investir neste sector”, acrescentou.

Fungos como as algas e líquenes produzem enzimas que comem madeira em putrefacção e folhas em deterioração. Os fabricantes de biocombustível usam as proteínas para transformarem os complexos hidratos de carbono das células das plantas numa mistura de açúcares simples que a levedura pode comer. Num processo muito semelhante ao do fabrico de cerveja, a levendura fermenta a mistura, produzindo etanol. As enzimas actualmente disponíveis no mercado não conseguem realizar ainda este processo de forma suficientemente eficaz para ser acessível em termos financeiros.

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