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AICEP: Portugal tem sectores "muito apetecíveis" para os empresários chineses

O turismo, ramo automóvel, aeronáutica e tecnologia ligada à saúde são alguns dos sectores "muito apetecíveis" para os empresários chineses investirem em Portugal, defendeu hoje a delegada da AICEP em Macau, Maria João Bonifácio.

24 de Janeiro de 2013 às 10:50
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"Portugal acolhe investimento em todas as áreas. O sector automóvel é muito importante em Portugal e gostaríamos de ver investimento (nessa área), o sector da aeronáutica, - já criámos um 'cluster' com a presença da Embraer (fabricante brasileira de aviões) em Portugal -, e há outros sectores muito apetecíveis, como os moldes, toda a parte de máquinas, tecnologias, medicina e saúde", disse.

 

A nova conselheira económica da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Macau falava aos jornalistas à margem de um seminário sobre o novo programa de Autorização de Residência para Actividade de Investimento (ARI), depois de uma apresentação na qual referiu as oportunidades de investimento em vários projectos turístico-imobiliários, nomeadamente no oeste, Alentejo e norte do país.

 

Realizado no consulado português em Macau, o seminário foi dirigido a uma plateia de empresários, advogados, financeiros e responsáveis ligados à banca, que o cônsul de Portugal em Macau e Hong Kong, Manuel Carvalho, definiu como "alavancadores" do programa.

 

"É um convite para as pessoas investirem em Portugal. (...) Penso que será um produto altamente competitivo face a outros do género que existem a nível mundial", disse o cônsul, ao destacar que "Macau é uma excelente plataforma para a operacionalização deste projecto".

 

Não foi divulgado o número de pedidos feitos ao abrigo do novo programa até à data.

"Já há alguns e julgo que da parte de chineses. (...) É um programa novo iniciado em Outubro e ainda não temos processos fechados, mas já há vários pedidos de vistos", disse a conselheira económica, que sustentou que o ARI "pode ser muito útil para os chineses que querem ter acesso ao mercado da União Europeia".

 

O ARI ou "Golden Residence Permit" é a medida do Governo português para atrair o investimento estrangeiro, válida para operações feitas desde 08 de Outubro. A autorização de residência é destinada aos não europeus que transfiram capitais em valor superior a um milhão de euros, e que abram negócios com mais de 30 postos de trabalho ou adquiram imóveis de pelo menos 500 mil euros.

 

A autorização de residência é concedida por um ano e renovável por dois períodos de dois anos, sempre mediante comprovativos da operação financeira e da idoneidade do investidor.

 

Além da promoção do programa ARI, Maria João Bonifácio defendeu o interesse em "captar outro tipo de investimentos e dinamizar as exportações portuguesas e trocas comerciais com a China, Macau e Hong Kong".

 

"Temos uma Europa economicamente enfraquecida, os Estados Unidos não estão economicamente a progredir da forma como seria expectável, e a Ásia é um parceiro normal. É quase evidente que a Ásia será um local de aposta das empresas portuguesas", disse.

 

Em funções em Macau desde o início de Janeiro, Maria João Bonifácio reiterou o objectivo de "diversificar as exportações" de Portugal para o território e disse já ter tido "alguns contactos com empresas portuguesas que querem explorar o mercado asiático, de variadíssimas áreas, incluindo arquitectura, engenharia, e comércio".

 

 

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