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Aguiar Branco: “Não há aqui ninguém com mais preocupações do que eu com as pessoas”

O ministro da Defesa, Aguiar Branco, disse esta quarta-feira na comissão parlamentar sobre o negócio de subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo que “não há aqui ninguém com mais preocupações do que eu com as pessoas”. O governante respondia às acusações da Oposição, nomeadamente do Bloco de Esquerda, de este ser um processo “fraudulento” e uma estratégia de descapitalizar a Segurança Social.

Aguiar-Branco vai para o Governo com sentimento de 'patriotismo e serviço público'
João Carlos Malta joaomalta@negocios.pt 04 de Dezembro de 2013 às 14:20

Há um montante de 30 milhões de euros para resolver as questões relacionadas com as cessações contratuais que o encerramento da empresa actual acarretará, e para o qual o Estado recorreu a um crédito bancário. “Essas pessoas que estão há 20 ou 30 anos nos estaleiros vão receber 200 ou 300 mil euros, porque têm direito a isso. E muitas vão depois iniciar o seu pedido de processo de reforma”, disse António Pedro Aguiar Branco no Parlamento.

 

Desta forma, defendeu o governante, o problema laboral de 609 pessoas passa a ser apenas de 370 trabalhadores. Isto porque, argumentou, há pessoas que depois de receber a sua indemnização poderão receber o subsídio de desemprego e posteriormente passar à reforma. Os restantes trabalhadores, segundo ministro, podem ainda receber a compensação a que têm direito, e depois serem reintegradas nos quadros da Martifer. Aguiar Branco disse que não faria sentido que o novo operador não recrutasse os anteriores trabalhadores, que têm “know-how” na matéria.

 

Antes, a deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Aiveca, acusou o Governo de  “falência fraudulenta, um expediente usado por muitas empresas, cuja estratégia é descapitalizar a Segurança Social”.

 

“Não havia dinheiro para iniciar a construção dos asfalteiros [contrato como Estado venezuelano], e agora há 30 milhões de euros para encerrar os ENVC”, denunciou. Perante a argumentação do ministro em justificar a decisão com o passado da empresa,  Aiveca questionou e respondeu à própria pergunta. “Toda a gente tem culpa e só você não tem culpa? Você tem toda a culpa de não arranjar uma solução para um centro de excelência”.

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