Os accionistas da Euronext NV, onde se integra a praça de Lisboa, votaram favoravelmente a proposta de aquisição da New York Stock Exchange. A operação foi aprovada com 98,2% dos votos.

A Euronext recebeu boletins representativos de 72,4 milhões de acções da Euronext, o equivalente a 65% dos accionistas com direito de voto.

Os termos da Oferta Pública de Aquisição lançada em Maio pela New York Stock Exchange, avaliada em cerca de 10,9 mil milhões de euros, foram hoje aprovados pela maioria dos accionistas da Euronext NV reunidos em Assembleia Geral.

A concordância dos accionistas da segunda maior bolsa europeia junta-se assim à não oposição dos reguladores dos mercados de capitais das quatro praças envolvidas – Lisboa, Paris, Amesterdão e Bruxelas.

Para que o projecto de fusão tenha sucesso falta ainda conhecer, do lado europeu, o parecer da Autoridade da Concorrência dos mercados Euronext. E resta também ter a aprovação do governo holandês.

Ontem, numa carta enviada à Euronext, o ministro das Finanças holandês, Gerrit Zalm, mostrou-se favorável à fusão, mas desde que sejam tidas em conta determinadas condições. No mesmo documento, referiu que continua a aguardar por informações solicitadas sobre os pormenores da operação.

Do outro lado do atlântico, amanhã será a vez dos accionistas da New York Stock Exchange votarem a proposta de fusão que irá criar a primeira bolsa transatlântica.

Os responsáveis da Euronext revelarem hoje, na Assembleia Geral de Accionistas, que esperam que a operação esteja concluída nos próximos três a quatro meses.

Jean-François Theódore, presidente do grupo Euronext, afirmou hoje, antes do decurso da votação dos accionistas, que "podemos ter um papel na segunda ronda de consolidação [das bolsas], olhando para Este, para a Ásia".