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Accionistas autorizam aumento de capital do BCP até 800 milhões

O BCP anunciou a emissão de acções preferenciais convertíveis até 500 milhões de euros, operação que deverá ocorrer até ao final do ano, mas o Conselho Superior do banco autorizou um reforço até 800 milhões de euros, garantiu hoje o banco aos analistas.

23 de Outubro de 2002 às 18:28
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O Banco Comercial Português (BCP) anunciou a emissão de acções preferenciais convertíveis até 500 milhões de euros, operação que deverá ocorrer até ao final do ano, mas o Conselho Superior do banco autorizou um reforço até 800 milhões de euros, garantiu hoje o BCP aos analistas.

O BCP anunciou ontem que irá emitir acções preferenciais convertíveis no valor de 500 milhões de euros com vista a reforçar os seus capitais próprios.

A dimensão da emissão das acções foi criticada por alguns analistas do mercado, visto que a consideravam incapaz de resolver os problemas de falta de fundos próprios do banco.

O responsável pelas relações com investidores, Miguel Magalhães Duarte, garantiu hoje aos investidores que o Conselho Superior do banco autorizou uma emissão até 800 milhões de euros, mas o banco optou por anunciar ao mercado um montante «mais conservador», explicou um analista ao Negocios.pt.

«Temos capacidade para colocar mais capital» no mercado, disse ao Negocios.pt um analista, citando aquele responsável do BCP [BCP].

Nesta medida, o banco poderá estar a optar pela alienação de activos não estratégicos em vez de escolher um reforço da dimensão do aumento de capital autorizado, dando margem ao banco para se capitalizar caso a venda de participações não resulte no encaixe desejado, de acordo com a interpretação da mesma fonte.

O banco admitiu ontem que, para subir o rácio de Tier I no médio prazo dos 6% para os 7%, poderá vender participações como a Brisa [BRISA] e Cimpor [CIMP], para além da Seguros & Pensões.

O banco acredita que esta operação ocorra até ao final do ano, escusando-se a revelar o preço da colocação deste instrumento financeiro, por ser «prematuro».

A instituição liderada por Jardim Gonçalves sublinhou a existência de «uma forte receptividade dos clientes de retalho do banco» a esta emissão de dívida convertível em capital.

Entre os principais accionistas do BCP encontram-se a Caixa Geral de Depósitos (CGD) com 6%, os italianos da Banca Intesa com cerca de 5%, o Grupo Mello com uma posição de 4,58%, a Electricidade de Portugal (EDP) com 4,36%, o Grupo Friends Provident com 2,99%, enquanto a Eureko controla 3,62%. O Sabadell detém 3,36%.

As acções do BCP encerraram nos 1,77 euros a cair 15,71%.

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