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Álvaro Santos Pereira: Previsões macroeconómicas contêm sempre margens de erro

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, salientou hoje que as previsões macroeconómicas do Banco de Portugal podem ter "margens de erro", reiterando a posição do primeiro-ministro que, por agora, não são necessárias mais medidas de austeridade.

29 de Março de 2012 às 22:53
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Em declarações aos jornalistas no Algarve, à margem da cerimónia de abertura de uma das lojas do Grupo Alicoop/Alisuper, que foi adquirido pelo Grupo Nogueira na sequência de um processo de insolvência iniciado em 2009, Santos Pereira explicou que a situação internacional é incerta e, por isso, as previsões de que Portugal terá um desempenho económico abaixo do previsto pelo Governo podem falhar.



"As previsões do Banco de Portugal enquadram-se perfeitamente nas previsões que já foram feitas quer pelo Ministério das Finanças quer pelas organizações internacionais como o Eurostat. O Banco de Portugal prevê uma contracção para este ano e uma estagnação no próximo ano, mas em previsões macroeconómicas, como digo aos meus alunos, há sempre margens de erro", afirmou o ministro.



Álvaro Santos Pereira acrescentou que "as margens de erro aumentam mais quando há uma situação internacional que é bastante volátil", como é o caso actual, e uma das componentes que mais varia nas previsões do Governo, do Banco de Portugal e do Eurostat, é a procura externa.



"Não sabemos o que vai acontecer aos mercados internacionais, não sabemos qual vai ser a evolução da economia europeia e principalmente da economia mundial, por isso há essa dificuldade em saber o grau da previsões económicas e há sempre uma margem de intervalo", frisou.



O governante disse que o Governo tem adoptado medidas para que as empresas consigam superar este período de dificuldades e não entrem em insolvências, apontando como exemplo o programa Revitalizar ou o novo Código de Insolvências.



"Estamos a dar respostas desde o primeiro dia para as empresas que estão em dificuldade. Nós temos um gabinete no ministério da Economia e do Emprego especializado nestes casos, temos acompanhado variadíssimas empresas em processos difíceis e lançámos o programa Revitalizar exactamente para permitir a reestruturação empresarial", referiu.



Santos Pereira defendeu que, "quando o novo Código de Insolvências estiver promulgado, aliado ao programa Revitalizar, fará com que as empresas em dificuldade tenham uma segunda oportunidade, sem que a máquina fiscal e a Segurança Social retirem activos durante dois ou três meses".



O governante sublinhou que o novo Código permitirá, assim, "salvaguardar milhares de postos de trabalho" e apontou ainda medidas de combate ao desemprego, como a "Estímulo 2012", que no caso da Alicoop "ajudará cerca de 250 pessoas a voltarem a ser contratadas".

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