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89% das empresas alertam que apoios do Governo são insuficientes

Empresas dizem que "se perdeu oportunidade e o momento" para rever o PRR ou a redução do IRC.

A tecnológica tem o conselho de administração com o mandato terminado no final de 2017. Armindo Monteiro preside à empresa, sendo seu vice-presidente Francisco Maria Balsemão. Os mandatos são de quatro anos podendo ser renovados.
Inês Gomes Lourenço
19 de Setembro de 2022 às 18:21
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Há cada vez mais empresas a alertar para a situação "preocupante" que atravessam e há 89% que frisam que os apoios do Estado estão "aquém ou muito aquém do que necessitam". Em julho, era 84% o universo de empresas que consideravam os apoios insuficientes.

Esta é apenas uma das conclusões do 21.º inquérito da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) Sinais Vitais, que teve em conta uma amostra de 245 empresas e decorreu entre os dias 5 e 15 de setembro, quando foi apresentado o pacote de medidas de apoio ao tecido empresarial.

E depois de conhecido o leque de medidas apresentadas pelo Governo, a CIP considera que se "perdeu a oportunidade e o momento" para incluir algumas das medidas que as empresas consideravam como adequadas para combater a crise inflacionária e o aumento acentuado dos custos.

 

A grande maioria (79%) das empresas inquiridas aponta ser muito adequada e adequada a redução de impostos sobre a eletricidade, gás e combustíveis líquidos. A redução de TSU é sinalizada por 74% das empresas e a redução do IVA por 73% de empresas. Em 59% das empresas consideram muito adequado e adequado existir compensação financeira às empresas intensivas em energia, de acordo com o estudo da CIP, apresentado esta segunda-feira.

 

Sem que nenhuma destas medidas fosse incluída pelo Governo, as empresas dizem que "sentiram um pouco menos apoio perante as dificuldades que se mantêm", frisa o vice-presidente da CIP Armindo Monteiro que elenca ainda a necessária revisão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a redução do IRC ou a suspensão dos pagamentos por conta ou reduzir os prazos de pagamento das entidades públicas.

 

"O tempo de atuar é mesmo este e, em alguns casos, começa a ser para além do tempo de atuar. Se não chega essa ajuda, depois fica difícil. Estamos a chegar a uma linha que começa a ser bastante dura para salvaguardar as empresas e os postos de trabalho", avisou Armindo Monteiro.

 

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