Notícia
Comissão Europeia avança em investigação "altamente prioritária" à Gazprom
Na semana passada, o grupo russo Gazprom anunciou que suspendeu todas as suas entregas de gás à Bulgária e à Polónia, dois países membros da União Europeia por não terem feito o pagamento em rublos.
02 de Maio de 2022 às 13:06
A vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela Concorrência, Margrethe Vestager, garantiu esta segunda-feira avanços na investigação "altamente prioritária" às práticas concorrenciais da energética russa Gazprom, numa altura em que a empresa avança com cortes no fornecimento europeu de gás.
"Como é de esperar, a investigação é altamente prioritária para nós para ver se existe algo na situação do fornecimento de gás que infrinja a lei da concorrência", disse Margrethe Vestager, falando em conferência de imprensa em Bruxelas.
Lembrando que, recentemente, houve "inspeções no setor da energia na Alemanha", a responsável europeia pela tutela da Concorrência garantiu que o executivo comunitário está a "progredir na avaliação de toda a situação do mercado e, naturalmente, também das especificidades deste caso".
"Não posso dar-lhe qualquer cronograma, apenas dizer que é altamente prioritário porque, se possível, então é claro que impor [medidas relativas à] concorrência também poderia desempenhar o seu papel nesta situação muito difícil com estes preços extremos do gás", contextualizou Margrethe Vestager, aludido à atual crise energética.
De acordo com os resultados preliminares da investigação, "continuamos a pensar que a Gazprom mantém os compromissos assumidos no caso anterior, compromissos que permitem aos clientes de gás redirecionar o gás de um ponto de entrega para outro e permitir fluxos inversos", explicou a vice-presidente executiva da Comissão Europeia.
"Isto será muito útil porque [...] o corte de gás à Polónia e à Bulgária será um problema europeu e que avaliaremos de forma solidária", adiantou a responsável.
Na semana passada, o grupo russo Gazprom anunciou que suspendeu todas as suas entregas de gás à Bulgária e à Polónia, dois países membros da União Europeia por não terem feito o pagamento em rublos.
Mas já antes disso, a gigante energética russa Gazprom tinha vindo a ser acusada de cortar o fornecimento de gás para pressionar a Alemanha a aprovar mais rapidamente o gasoduto Nord Stream 2, através do Mar Báltico e levando a preços europeus mais elevados.
No final de março, a Comissão Europeia confirmou ter realizado inspeções sem aviso prévio a empresas do setor do gás natural -- incluindo a gigante russa Gazprom -- na Alemanha por temer abuso de posição dominante, proibida pelas regras concorrenciais da União Europeia (UE), suspeita que investiga.
As inspeções aconteceram, precisamente, quando Bruxelas avança na investigação sobre se o comportamento da Gazprom causou um pico nos preços do gás e agravou a crise energética na UE.
Desde o final do ano passado que a UE enfrenta uma acentuada crise energética, com os preços a baterem máximos, provocada pela limitação do fornecimento da Gazprom aos países europeus, quando os níveis de abastecimento comunitários estavam baixos.
Entretanto, a guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa do país, agravou a situação de crise energética.
As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.
Relativamente ao corte de gás russo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já veio garantir que a UE "está preparada", procurando alternativas à Rússia e reforçando o armazenamento comunitário.
"Como é de esperar, a investigação é altamente prioritária para nós para ver se existe algo na situação do fornecimento de gás que infrinja a lei da concorrência", disse Margrethe Vestager, falando em conferência de imprensa em Bruxelas.
"Não posso dar-lhe qualquer cronograma, apenas dizer que é altamente prioritário porque, se possível, então é claro que impor [medidas relativas à] concorrência também poderia desempenhar o seu papel nesta situação muito difícil com estes preços extremos do gás", contextualizou Margrethe Vestager, aludido à atual crise energética.
De acordo com os resultados preliminares da investigação, "continuamos a pensar que a Gazprom mantém os compromissos assumidos no caso anterior, compromissos que permitem aos clientes de gás redirecionar o gás de um ponto de entrega para outro e permitir fluxos inversos", explicou a vice-presidente executiva da Comissão Europeia.
"Isto será muito útil porque [...] o corte de gás à Polónia e à Bulgária será um problema europeu e que avaliaremos de forma solidária", adiantou a responsável.
Na semana passada, o grupo russo Gazprom anunciou que suspendeu todas as suas entregas de gás à Bulgária e à Polónia, dois países membros da União Europeia por não terem feito o pagamento em rublos.
Mas já antes disso, a gigante energética russa Gazprom tinha vindo a ser acusada de cortar o fornecimento de gás para pressionar a Alemanha a aprovar mais rapidamente o gasoduto Nord Stream 2, através do Mar Báltico e levando a preços europeus mais elevados.
No final de março, a Comissão Europeia confirmou ter realizado inspeções sem aviso prévio a empresas do setor do gás natural -- incluindo a gigante russa Gazprom -- na Alemanha por temer abuso de posição dominante, proibida pelas regras concorrenciais da União Europeia (UE), suspeita que investiga.
As inspeções aconteceram, precisamente, quando Bruxelas avança na investigação sobre se o comportamento da Gazprom causou um pico nos preços do gás e agravou a crise energética na UE.
Desde o final do ano passado que a UE enfrenta uma acentuada crise energética, com os preços a baterem máximos, provocada pela limitação do fornecimento da Gazprom aos países europeus, quando os níveis de abastecimento comunitários estavam baixos.
Entretanto, a guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa do país, agravou a situação de crise energética.
As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.
Relativamente ao corte de gás russo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já veio garantir que a UE "está preparada", procurando alternativas à Rússia e reforçando o armazenamento comunitário.