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Moody's: Mundial 2018 terá "pouco impacto" económico na Rússia

Para a Moody's, o Mundial 2018 terá um impacto mais pequeno do que os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Para quem visita, a taxa de câmbio do rublo russo está favorável para os ocidentais.

Reuters
31 de Maio de 2018 às 11:57
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A bola vai rolar, mas a economia vai manter-se praticamente igual. Quem o diz é a Moody's que prevê um "curto benefício económico" para a Rússia, o país anfitrião do Mundial 2018. Segundo um relatório dos analistas da agência de rating, divulgado esta quinta-feira, o impacto será "limitado".

"Os jogos só vão durar um mês e o associado estímulo económico será limitado em comparação com o tamanho da economia russa de 1,3 biliões de dólares", afirma Kristin Lindow, analista da Moody's, assinalando que a agência de notação financeira não irá dar uma "contribuição significativa" para o crescimento económico da Rússia.

A Moody's estima que os investimentos relacionados com o Mundial 2018 nos últimos cinco anos apenas representem 1% do total dos investimentos no país. E mesmo esse impacto no investimento foi "limitado", classifica a agência de rating. Para a Moody's o Mundial 2018, que arranca a 14 de Junho, terá um impacto mais pequeno do que os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014.



Ainda assim, existem factores positivos destacados pela Moody's. Um deles é que as cidades anfitriãs têm melhorado os serviços de transportes e de infraestruturas, o que deu um impulso no sector da construção russo. Essa nova infraestrutura irá gerar mais receita fiscal e diminuirá a necessidade de gastos no futuro.

Contudo, esse tipo de investimentos também significou que, pelo menos temporariamente, as finanças de algumas regiões, como por exemplo São Petersburgo, ficaram mais débeis e a dívida aumentou consideravelmente.

Taxa de câmbio do rublo russo favorece ocidentais

Segundo o primeiro-ministro russo, Vitaliy Mutko, 2,5 milhões de bilhetes já foram vendidos, o que corresponde a 90% dos bilhetes disponíveis. A maior parte dos visitantes chega a partir dos EUA, Alemanha, França e Reino Unido. Neste momento, o rublo russo tem uma taxa de câmbio bastante favorável para os visitantes destes países uma vez que desvalorizou no mês passado quando as novas sanções norte-americanas foram aprovadas, explica a Moody's.

Do ponto de vista das empresas, a Moody's estima que o benefício será "temporário", ou seja, um impacto "one-off" que não levará a mudanças reais em sectores como os retalhistas, os hotéis ou as telecomunicações. No sector bancário o impacto também "não será visível".

Um dos benefícios que deverá ser mais duradouro é o alargamento dos aeroportos de Moscovo que, assim, ficam melhor preparados para receber maiores fluxos de passageiros, mesmo depois do evento. Além disso, o aumento de turistas irá beneficiar as contas externas russas, que já são positivas.

A nível de marcas, a Moody's prevê que o impacto positivo da exposição mediática seja sentido pela Coca-Cola, Adidas, Budweiser e McDonald's.
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