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Inter de Milão quer ganhar … dinheiro e títulos

O Inter de Milão tem um plano para tornar um défice de 140 milhões de euros em lucros. E o plano pode estar a começar com o pé direito. Fontes indicam que clube vai apresentar um prejuízo de 60 milhões relativos à época passada.

Reuters
25 de Outubro de 2016 às 10:46
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O Inter de Milão é um dos grandes clubes de futebol do mundo. Fundado há mais de um século (1909) já venceu 18 vezes o campeonato italiano de futebol e em 2010 sagrou-se o melhor da Europa ao vencer a Liga dos Campeões. É a actual "casa" de João Mário (na foto), internacional português e ex-jogador do Sporting. A imprensa desportiva avança que outro português pode estar a caminho de Milão. Marco Silva, antigo treinador do Sporting e do Olympiakos, pode ser o sucessor de Frank de Boer no comando técnico do Inter de Milão. Os fracos resultados obtidos pelo holandês (o Inter de Milão está em 14º no campeonato italiano) à frente da equipa podem ditar a saída, de acordo com a imprensa especializada.

Mas não é só nas quatro linhas que o clube italiano precisa de ganhar. É também no campo financeiro. De acordo com a Bloomberg, o clube tem um plano para transformar um défice de 140 milhões de euros em lucros. Michael Bolingbroke, CEO do clube e antigo director financeiro do Manchester United, traçou em 2014 uma rota para que o clube seja rentável em cinco anos. E os primeiros passos podem estar a ser bem-sucedidos. Na época 2014/2015, o clube teve perdas de 140 milhões de euros. Na próxima sexta-feira a equipa italiana vai apresentar as suas contas e o sinal menos vai continuar bem vincado. Mas de acordo com uma fonte da Bloomberg, os prejuízos deverão ter diminuído para cerca de 60 milhões de euros.

A agência noticiosa adianta que o actual CEO já tentou limpar o balanço do clube. Até porque as perdas de 140 milhões estão relacionadas com transferências de jogadores que não foram bem-sucedidas e indemnizações a antigos treinadores – custos isolados que ascenderam a cerca de 50 milhões de euros. O plano de recuperação passa ainda por conseguir obter mais receitas de bilheteira, angariar mais patrocinadores asiáticos e regressar o mais rápido possível a Liga dos Campeões.

O plano de Michael Bolingbroke parece ter agradado aos chineses da Suning Corporation que aceitaram desembolsar 270 milhões de euros por uma participação maioritária no clube. Mas não sem nada em troca. De acordo com Bolingbroke, citado pela agência de informação, os novos donos clube deixaram que claro que queriam "a equipa constantemente na Liga dos Campeões. E que ganhem dinheiro". "O seu plano de negócios diz que em três anos após a minha compra, vocês vão ter lucros? Óptimo", recordou ainda o CEO de uma conversa que manteve com os líderes da empresa chinesa.

Apesar das contas poderem mostrar um saldo menos negativo que na época 2014/2015, ganhar dinheiro para o Inter de Milão pode não ser uma tarefa muito simples. Estando em 14º no campeonato italiano significa que aceder aos lugares que dão acesso à Liga dos Campeões pode ser uma missão complicada. Na Liga dos Campeões, além do prémio que recebem por ir chegando mais à frente na competição, os clubes pode obter um aumento de receitas através de um crescimento de receita de bilheteira e através dos direitos de transmissão dos jogos. Mas o Inter de Milão, esta época, está na Liga Europa onde os prémios monetários são significativamente menores.

Por outro lado, as equipas italianas não têm muitas maneiras de ganhar dinheiro. Até porque muitas não são as proprietárias das suas instalações, tendo de pagar renda, e os contratos de direitos de transmissão não são muito caros, de acordo com a Bloomberg.

O plano de Bolingbroke para captar mais patrocinadores asiáticos assenta nos parceiros chineses. Os contactos da Sunning, maior accionista, podem abrir muitas portas no mercado asiático e levar à obtenção de contratos de 20 milhões de euros por ano, antecipa o CEO. Para isso, o Inter de Milão vai abrir escritórios na cidade chinesa de Nanjing, onde está a sede da Sunning.

O estádio Giuseppe Meazza é a casa do Inter de Milão (o mesmo estádio utilizado pelo AC Milan, aí com o nome de San Siro) e tem uma capacidade que ronda os 80 mil lugares. Porém, o clube tem, em média, uma ocupação de 45 mil lugares por jogo. Michael Bolingbroke que atrair mais adeptos para ocuparem estes lugares e com isso aumentar as receitas.

Mas o CEO sabe que: novos adeptos, mais patrocínios e mais receitas, dependem das vitórias nas quatro linhas. "Falharemos se não ganharmos troféus", rematou Bolingbroke.
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