Impulsionada pelo crescimento das receitas com media, a Bundesliga, composta por 18 equipas, registou um salto de 13%, para um recorde de 3,81 mil milhões de euros na temporada passada, anunciou a DFL, a associação do futebol alemão, na quarta-feira, 13 de fevereiro. Se incluída a segunda divisão, o desporto - que emprega mais de 55.000 pessoas na Alemanha - contribuiu com 1,28 mil milhões de euros para os cofres públicos.

"O futebol profissional alemão continuou desenvolver-se de forma positiva", disse Christian Seifert, diretor-gerente da DFL, em comunicado. "A digitalização e a globalização criarão oportunidades adicionais nos próximos anos."

A Alemanha, que cortou a sua previsão de crescimento para o ritmo mais lento em seis anos, esteve à beira da recessão no final de 2018, quando a queda do setor automóvel e os reflexos das tensões comerciais pesaram sobre a economia orientada para a exportação. Em contrapartida, a Bundesliga foi-se dinamizando, com uma disputa acirrada pelo título e três clubes entre os 16 finalistas da Liga dos Campeões desta temporada.

Ainda assim, o futebol alemão tem tido dificuldades para competir com os clubes de elite da Europa, investindo grandes somas em superestrelas caras. Isto aumentou a pressão sobre a DFL para relaxar as regras de propriedade e permitir que investidores endinheirados comprassem participações majoritárias nos clubes.

(Texto original: Germany's Soccer Boom Provides Bright Spot for Clouding Economy)