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Como ganhar as apostas da NCAA: use a teoria dos jogos e escolha Duke
Na antecâmara da edição de 2019 da "Loucura de Março" ("March Madness"), a Bloomberg explica por que motivo deve recorrer à teoria dos jogos para vencer as apostas da NCAA. Se o fizer, escolher Duke será a melhor opção.
Sejamos honestos: é impossível escolher o grupo perfeito da NCAA (associação universitária de basquetebol dos EUA).
As probabilidades contra a perfeição são enormes, havendo 9,2 quintilhões de permutações. Com apenas 7 quintilhões de grãos de areia na Terra, seria mais fácil encontrar um grão pintado com o azul da equipa da Carolina do Norte do que ter escolhido o vencedor de todos os 63 jogos que tipicamente estão incluídos na tabela do torneio.
Uma vez que a perfeição está fora de hipótese, qual é a melhor estratégia para vencer as apostas no seu escritório? Utilize a teoria dos jogos, que mede a interação estratégica entre jogadores racionais – ou a nossa forma de tomar decisões.
"A maioria dos participantes ocasionais são razoavelmente previsíveis, mas mesmo alguém que se baseia na teoria dos jogos – independentemente de ser alguém com pensamento matemático formal ou alguém que intuiu os princípios decorrentes da experiência – pode fazer uma grande diferença", diz Aaron Brown, um investidor que escreve opinião para a Bloomberg que escreveu sobre as formas ótimas de escolher uma tabela da NCAA.
O problema, segundo Brown, não passa apenas por assegurar que as suas escolhas foram feitas de forma bem informada. Têm também de ser diferentes das escolhas que os prognosticadores de poltrona – de forma inteligente ou não – colocaram nas suas tabelas.
Partilhar as suas escolhas com os seus mais ferozes competidores pode ser uma estratégia eficaz e contraintuitiva.
"Outros selecionadores inteligentes vão naturalmente evitar as suas escolhas azaradas", sustenta Brown. "Apesar de estar em competição com eles pelo prémio, está na verdade a cooperar com eles de forma a obter escolhas que não similares entre elas."
Apenas tem de discernir bem com quem partilha informação. Recorde-se, está a partilhar para se diferenciar dos outros competidores informados, não para ajudar os desinformados.
"Na universidade, nós regularmente descobríamos que o fã de desporto menos informado era quem vencia", diz Presh Talwalkar, autor de "The Joy Of Game Theory". "Porquê? Porque todos tinham pena e ajudavam o jogador que percebia menos; portanto as escolhas do novato eram boas graças ao efeito da sabedoria popular". Talwalkar também alerta para não apostar sempre contra a maré.
"A minha sensibilidade é que as pessoas pensam demasiado nos favoritos e apostam em demasiados azarados, por isso os favoritos acabam por ser boas escolhas", diz. Duke, Virginia, Carolina do Norte e Gonzaga são primeiras escolhas no torneio.
Esse sentimento é partilhado por Ran Shorrer, um professor na Penn State.
Quando se escolhe jogos fora da primeira ronda, Shorrer sugere que as escolhas sejam feitas com base em probabilidades. Não pense nas suas escolhas para a Final Four como as mais prováveis vencedoras nos duelos que criou, mas as equipas que acredita terem mais probabilidades de vencer a região.
Isso pode implicar que tenha feito a escolha mais banal de todo o campeonato – escolher Duke até ao fim – se não andou na escola em Durham com Christian Laettner ou Steve Wojciechowski.
"Se considero que Duke vai derrotar a maior parte das equipas, devo escolhê-la à frente de todas as outras", atira Shorrer.
Texto original: How to Win Your Office NCAA Pool: Use Game Theory, Pick Duke