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CEO da Adidas fica até ao final do contrato
Apesar de a direcção estar já à procura de um substituto, Herbert Hainer não tem pressa para sair e garante que ficará no comando da empresa até ao final do seu contrato. O CEO assumiu a liderança da empresa em 2001.
Herbert Hainer, CEO da Adidas, planeia cumprir o seu contrato até ao final, mantendo-se em funções até Março de 2017, ainda que a direcção esteja actualmente à procura de um substituto. A expectativa do actual CEO é impulsionar as vendas no último ano à frente da empresa de artigos desportivos, escreve a Reuters.
Hainer está na liderança da Adidas desde 2001, mas ficou sob fogo cruzado depois de a empresa perder quota de mercado para a concorrente Nike e sofrer quebras nas vendas. Desde Fevereiro que a direcção da Adidas procura um novo nome para o cargo de CEO.
Desde que a pressão sobre Hainer diminuiu, as vendas da Adidas têm recuperado no mercado norte-americano, o segundo maior mercado da Adidas em termos de vendas depois da Europa Ocidental, segundo os dados do terceiro trimestre.
"Claro que ficarei até ao final do meu contrato", disse Hainer, acrescentando que conseguiu duplicar as vendas e os lucros da Adidas na última década. "Em algum momento um anúncio será feito e aí vemos o quão rápido a pessoa pode assumir funções", concluiu.
Em conferência de imprensa, Hainer disse que muito mudou e mostrou-se confiante no desempenho da empresa para o próximo ano.
CEO da Adidas
"Nunca vi os livros de encomendas tão cheios nos meus 15 anos aqui", disse o CEO. "Estou extremamente optimista na medida do que sei o que vendemos para o primeiro semestre (de 2016)".
O CEO disse ainda que não se sente sob pressão por parte de investidores que a empresa atraiu no ano passado, acrescentando que se reúne com estes regularmente. "Os investidores estão todos satisfeitos", garantiu.
Depois de recuar em 2014 para terceiro lugar no mercado dos EUA, atrás da Nike e da Under Armour, a Adidas aumentou em 50% o investimento em marketing na América do Norte nos primeiros nove meses deste ano, revelou Hainer.
O CEO espera que o 'core' da marca Adidas cresça 10% ou mais na América do Norte em 2016, acima dos 8% registados nos primeiros nove meses de 2015.
Hainer reiterou ainda que não pretende vender a marca Reebok, comprada em 2006 pela Adidas, e acrescentou que o negócio está a crescer em todo o lado excepto na América do Norte. O CEO também negou que a Adidas se esteja a preparar para vender o segmento do equipamento de hóquei, dizendo que não está a correr nenhum processo de venda, ainda que existam sempre interessados no negócio.