A Benfica SAD apurou um resultado líquido de 746 mil euros no primeiro trimestre do actual exercício (entre Julho e Setembro), o que compara de forma favorável com os prejuízos de 9,09 milhões de euros apurados no período homólogo.

As receitas operacionais subiram 25% para 23,7 milhões de euros e os resultados operacionais foram positivos em 10,5 milhões de euros, contra um valor negativo de 4,1 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

Os ganhos com transacções de direitos de atletas mais do que duplicaram para 21,1 milhões de euros, uma evolução que foi determinante para a melhoria dos resultados.

"Esta evolução nos resultados está essencialmente relacionada com o aumento dos resultados com direitos de atletas por via das alienações realizadas, os quais ascenderam a cerca de 12,8 milhões de euros e contribuíram em 12,2 milhões de euros para a variação dos resultados", refere um comunicado da SAD liderada por Filipe Vieira.

No período em análise o Benfica alienou os direitos desportivos dos atletas Markovic ao Liverpool, Oblak ao Atlético de Madrid e Óscar Cardozo ao Trabzonspor.

A Benfica SAD salienta ainda a melhoria de 2,5 milhões de euros nos resultados operacionais sem direitos de atletas, a qual está principalmente relacionada com as receitas de televisão. Estas aumentaram 50% para 7,3 milhões de euros

O crescimento das receitas de televisão "é explicado pelo crescimento da Benfica TV no espaço de um ano, dado que actualmente a componente variável da receita gerada pelo número de subscritores é significativamente superior à do período homólogo, numa fase em que decorriam os primeiros meses do lançamento do novo modelo de exploração da Benfica TV".

No que diz respeito aos resultados financeiros, o valor negativo desceu 19,8% para 3,7 milhões de euros. Pela negativa, os resultados relativos a investimentos em participadas foi negativo em 5,9 milhões de euros, contra -241 mil euros no período homólogo.

A Benfica SAD chegou a Setembro com um passivo consolidado de 449,2 milhões de euros, "mantendo-se idêntico ao valor apresentado no final do exercício anterior". Os capitais próprios consolidados a 30 de Setembro de 2014 ascendem a um valor negativo de 7,4 milhões de euros.