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Benfica SAD, Vieira e Soares de Oliveira arguidos por fraude fiscal: os valores e anos em causa
As Águias emitiram um comunicado à CMVM a confirmar que também o CEO é arguido.
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o administrador Domingos Soares de Oliveira foram constituídos arguidos "pela alegada prática de um crime de fraude fiscal qualificada", comunicou hoje a SAD 'encarnada' à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo a nota enviada à CMVM, Vieira e Soares de Oliveira foram constituídos arguidos enquanto representantes legais da Benfica SAD e da Benfica Estádio, num processo integrado na operação 'saco azul', em que as sociedades obtiveram, "nos anos 2016 e 2017, uma vantagem patrimonial indevida".
Depois do comunicado, a suspensão da negociação das ações foi levantada pela CMVM no início da sessão desta quarta-feira.
Contactada pela Lusa, fonte oficial dos 'encarnados' confirmou ao início da tarde que a SAD do Benfica era um dos dois arguidos coletivos cuja constituição foi revelada esta terça-feira pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A mesma fonte disse que os advogados dos 'encarnados' apresentaram um requerimento, a fim de saberem se o processo está em segredo de justiça, ressalvando que em causa estava um processo de crime fiscal, que nada tem a ver com questões desportivas ou 'sacos azuis'.
Antes, a CMVM suspendeu a negociação de ações da Benfica SAD, por aguardar divulgação de informação relevante ao mercado.
O inquérito é dirigido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) e investiga factos suscetíveis de integrarem crime de fraude fiscal, segundo a PGR.
* Com Lusa