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Soares da Costa com prejuízos de 9,2 milhões até Junho

Volume de negócios do grupo cai 44% em Portugal e mais de 17% nos mercados internacionais.

Bruno Simão/Negócios
14 de Agosto de 2013 às 17:16
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A Soares da Costa registou no primeiro semestre deste ano um resultado líquido negativo de 9,2 milhões de euros, um valor que compara com os 14 milhões de perdas registadas há um ano.

 

Segundo a empresa este valor negativo reflecte nomeadamente a quebra da actividade operacional e custos não recorrentes de quase 5 milhões de euros.

 

O volume de negócios caiu 26,3% neste período, descendo de 428,5 para 315,9 milhões de euros, tendo a quebra sido registada quer no mercado nacional (de 44%) como internacional (que perdeu 17,6%). Para este comportamento, refere, estão demoras registadas no arranque de algumas obras em Angola.

 

O EBITDA da Soares da Costa recuou, por seu lado, 14% para 33,6 milhões de euros, tendo a margem EBITDA subido 1,5 pontos percentuais, de 9,1% para 10,6%.

 

O resultado operacional do grupo subiu 25,4% para 16,8 milhões de euros, enquanto o resultado financeiro melhorou de um valor negativo de 29,8 milhões em Junho de 2012 para 24,1 milhões, também negativos, no final do semestre.

 

“O processo de reestruturação da dívida formalizado em finais do ano passado revela-se como um instrumento importante para a contenção do custo líquido de financiamento (juros suportados deduzidos de juros obtidos) que se situou, neste semestre, em 20,3 milhões de euros, face ao valor de 23,5 milhões de euros durante o primeiro semestre de 2012”, refere a empresa.

 

A carteira de encomendas da Soares da Costa era no final de Junho passado de 1,21 mil milhões de euros, mais 1,5% face ao final do ano passado. Os maiores incrementos foram de obras em carteira em África, com Angola a registar uma subida de 26,4% para 525 milhões de euros e Moçambique de 29,6% para os 156 milhões.

 

Já em Portugal foi registada uma queda de 25, 8% face ao final de 2012, não indo actualmente além dos 156 milhões.

 

A dívida líquida do grupo, que ontem anunciou ter chegado a acordo para uma operação de capitalização da sua subsidiária Soares da Costa Construção, aumentou no primeiro semestre 16%, atingindo os 1.058,5 milhões de euros.

 

Angola mantém-se o principal mercado

 

Por mercado, Angola manteve-se o principal mercado da Soares da Costa, apesar do volume de negócios gerado ter recuado 26,6%, de 176 para 129,2 milhões de euros. Também nos Estados Unidos foi registada uma queda de 18,4%, de 67,9 para 55,5 milhões de euros. Por seu lado em Moçambique o grupo registou um aumento de 1, 4% do volume de negócios para 35,2 milhões.

Já os restantes mercados, onde se inclui Brasil, Sultanato de Omã, S. Tomé e Príncipe e Roménia, aumentaram o seu contributo durante o semestre de 9,3 para 17,4 milhões de euros, passando a representar 5,5% do total consolidado.

 

Por área de negócio, a da construção, que representa 82% do volume de negócios da Soares da Costa, caiu 33,5% até Junho, enquanto a das concessões recuou 41,6% e a Energia própria 35%. Só o imobiliário registou um aumento de 670% do volume de negócios.

 

Quanto às perspectivas e objectivos para 2013, o grupo refere, no mercado nacional, a conclusão do projecto da autoestrada Transmontana, que nos últimos anos contribuiu para a actividade do Grupo e “assumiu um papel importante face ao panorama depressivo da procura doméstica”.

 

No mercado internacional, nomeadamente em Angola, “espera-se durante o segundo semestre alguma recuperação do volume da actividade operacional, aspecto que associando-se à preservação das margens de rentabilidade operacional se mostra crucial para garantia da sustentabilidade económica”.

 

(Notícia actualizada às 17h34)

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