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Soares da Costa entrega novo PER sem distinguir credores

A Soares da Costa entregou esta quarta-feira um novo plano para assegurar a sua viabilidade. A construtora mantém o foco em Angola, Moçambique e Portugal e reduz os custos de reestruturação face ao primeiro PER. 

15 de Novembro de 2017 às 12:45
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A Soares da Costa Construções entregou esta quarta-feira um novo Processo Especial de Revitalização (PER), depois de a primeira versão, aprovada pelos credores, não ter sido homologada pelo tribunal. Em causa estava um alegado tratamento desigual que seria dado aos credores, beneficiando os que reclamam os seus créditos em kwanzas, a moeda de Angola.

 

Ao Negócios, Joaquim Fitas (na foto), CEO da Soares da Costa, adiantou que no novo PER deixa de haver distinção entre credores, reduzindo-se a dimensão do haircut face ao PER anterior.

 

"Fizemos essa correcção e não há distinção entre moedas forte e fracas e entre dívida financeira e não financeira", afirmou.

 

A empresa mantém a perspectiva de pagamento integral ao Estado e aos trabalhadores, garantindo que salda os valores dos salários em atraso após a homologação do plano e as indemnizações em cinco prestações.

 

A construtora assegura ainda que nada pagará às empresas do grupo e que os accionistas não receberão dividendos durante a vigência do plano, que é de 23 anos.

 

O investimento total previsto também diminui. No primeiro PER entregue estavam previstos 45 milhões de euros, valor que se reduziu agora para 36,2 milhões "porque durante este ano já fomos implementando medidas, razão pela qual os custos da reestruturação já são inferiores".  

 

A Soares da Costa, que no início de 2018 completa 100 anos, mantém por outro lado o foco em Angola, Moçambique e Portugal. 

 

"Mantém-se a perspectiva de viabilidade e que esta solução é melhor do que a insolvência", afirmou o CEO, salientando que nesse caso só seriam pagas 5% das dívidas aos credores comuns.

Com a entrega do novo PER segue-se agora um período de cinco dias para comentários dos credores, e outros cinco para a empresa proceder a alterações. No final de Novembro o plano será colocado à votação, o que decorrerá durante 10 dias, seguindo-se a homologação.

 

Na aprovação do plano têm uma palavra a dizer instituições financeiras como a Caixa Geral de Depósitos, BCP e Millennium Atlântico.

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