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Recuperação da construção só no segundo semestre, prevê federação
O índice de produção do sector mantém-se a um nível “decepcionante”, referiu a Federação que agrega as maiores associações do sector, a FEPICOP, em comunicado, mas segundo os dados do INE as perspectivas de evolução são “positivas”.
Em 2016, os indicadores que medem a actividade do sector da construção continuavam a um nível "decepcionante". A FEPICOP, que junta as duas maiores associações da fileira referiu, em comunicado, que "o índice de produção da construção continua a evoluir de forma negativa, tendo registado uma quebra superior a 4% durante os dois primeiros meses do ano, enquanto o consumo de cimento caiu 7% no mesmo período", adiantou o organismo.
No entanto, a Federação acredita que "as perspectivas de evolução futura são positivas", com a procura a recuperar, o que se pode ver no "crescimento observado no licenciamento de novas construções e no significativo acréscimo registado pelo valor dos concursos públicos promovidos face ao ano passado", salientou a FEPICOP.
O mesmo comunicado salienta o aumento de 10% no número de fogos novos licenciados até Fevereiro de 2016 "e a subida de 8,6% na área licenciada para esse fim no mesmo período", como indicadores de que o sector poderá estar em recuperação no segundo semestre.
Quanto ao segmento não residencial, a recuperação á mais significativa, com um crescimento de 22% até Fevereiro "após uma queda de 2,3% ao longo de 2015" referiu a federação.
O mercado das Obras Públicas conta também com "sinais positivos quanto ao desenvolvimento futuro da actividade", segundo o organismo. "Tendo o valor dos contratos celebrados até ao final de Março caído 36% face ao período homólogo, observou-se, nesse trimestre, um acréscimo de 24% no valor dos concursos de obras públicas promovidos, o que permite antecipar um aumento, ainda em 2016, da actividade deste mercado", disse o mesmo comunicado.
Os dirigentes associativos têm alertado para dois problemas recorrentes no sector: os preços anormalmente baixos e a baixa taxa de adjudicações, face ao número de concursos lançados.