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Ordem dos Engenheiros alerta: “Preços e falta de matéria-prima põem contratos em risco”

Considera que “cabe” ao Governo encontrar incentivos, medidas ou soluções. “Porque se o Estado não o fizer, vamos deixar de ter condições de condições para produzir, sendo que os efeitos na economia serão incomensuráveis”, sinaliza o presidente da Ordem dos Engenheiros - Região Norte.

Stringer/Reuters
05 de Maio de 2022 às 11:54
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O aumento do nível de preços das matérias-primas, como o aço, gasóleo, vidro ou produtos cerâmicos, que variam entre os 7% e os 58%, a Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN) considera que está "muito comprometida" a execução dos contratos dentro dos prazos pré-acordados e, sobretudo, a manutenção dos preços anteriormente assumidos, causando muita preocupação" entre entidades contratantes e clientes.

 

"Não será possível executar os contratos anteriormente firmados com os preços assumidos, sem entrarmos em prejuízo", alerta Bento Aires, presidente da OERN, em comunicado.

 

"Na execução contratual impõem-se que os contraentes cumpram adequadamente as suas obrigações contratuais. No entanto, a escassez de matéria-prima bem como a falta de mão-de-obra podem trazer um cenário de dificuldade de execução e, até mesmo, de incumprimento desses mesmos contratos", sinaliza o mesmo responsável.

 

Bento Aires dá conta que tem chegado á OERN manifestações de preocupação por parte das empresas e engenheiros em geral. "Os empresários/donos de obras/fornecedores e clientes estão apreensivos porque o acréscimo dos custos da energia e das matérias-primas tornam imprevisível a conclusão de obras e resposta a clientes, antevendo-se pedidos de rescisão de contratos, paralisação de trabalhos, desvios consideráveis de custos e prazos de entrega de serviços e bens", afirma.

 

Para o presidente da OERN, "estando os engenheiros envolvidos em todos os setores da sociedade", defende que "cabe ao Estado encontrar incentivos, medidas ou soluções para as empresas que lidam diretamente com materiais cujo fornecimento se tem manifestado crítico".

 

"Porque se o Estado não o fizer, vamos deixar de ter condições para produzir, sendo que os efeitos na economia serão incomensuráveis", alerta, adiantando que, para além de toda a recessão económica prevista, "há ainda a preocupação com o risco de observarmos falências no setor e desequilíbrios estruturais nas cadeias de abastecimento essenciais para o equilíbrio da sociedade".

 

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