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Mota-Engil encaixa 103,9 milhões de euros em aumento de capital. Chineses da CCCC ficam com mais de 30%

A Mota-Engil conclui o aumento de capital num montante de cerca de 69,3 milhões de euros, abaixo dos 100 milhões previstos como montante máximo da operação. O encaixe financeiro da operação cifrou-se em quase 104 milhões de euros.

Parceria chinesa é um “game changer” para a Mota
26 de Maio de 2021 às 17:42
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A Mota-Engil concluiu a operação de aumento de capital que poderia alcançar os 100 milhões de euros tendo emitido 69.270.809 novas ações, o que eleva o capital social da construtora de 237.505.141 euros para 306.775.950 euros, informou esta quarta-feira a empresa.

A operação foi realizada com um encaixe financeiro de 103.906.213,50 euros, indica a construtora.

O aumento de capital previa a emissão de até 100 milhões de novas ações ao preço de subscrição de 1,5 euros por ação, reservada aos acionistas da Mota-Engil no exercício dos respetivos direitos legais  de preferência e a outros investidores que tenham adquirido direitos de subscrição.

A operação foi montada para permitir a entrada da chinesa China Communications Construction Company (CCCC) no capital da empresa.

A CCCC estabeleceu um acordo para comprar 55 milhões de ações (23% do capital atual) da construtora portuguesa à MGP - Mota Gestão e Participações, por 169,4 milhões de euros. O negócio pressupunha um preço por ação de 3,08 euros e implicava também a cedência por parte da família Mota dos direitos de subscrição necessários para a CCCC comprar 44,4 milhões de ações no aumento de capital.

Já a família Mota comprometeu-se a aplicar neste aumento de capital parte do encaixe com a venda aos chineses. Vai exercer os restantes direitos com que fica em carteira para subscrever 22,6 milhões de novas ações, investindo perto de 34 milhões de euros.


A Mota-Engil detalha que "no exercício de direitos de subscrição foram objeto de subscrição proporcional 69.142.358 novas ações", o  que corresponde a cerca de 69,1% do total de novas ações a emitir. 

Para rateio ficaram disponíveis 30.857.642 ações, tendo os pedidos suplementares de novas ações sujeitos a rateio totalizado 128.451 ações, que correspondem a 0,4% da quantidade disponível para o efeito.

Assim, "a procura total registada no presente aumento de capital ascendeu a 69.270.809 novas ações, que correspondem a um encaixe financeiro de cerca de 103.906.213,50 euros, tendo ficado a subscrição incompleta e, consequentemente, o aumento de capital limitado às subscrições válidas recolhidas".

Desta forma, o capital social da construtora "será elevado dos atuais 237.505.141 euros para 306.775.950 euros, passando a estar representado por 306.775.950 ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1,00 euro cada".

Após a operação, a MGP - Mota Gestão e Participações controla 40% do capital, a CCCC passa a deter 32,41% do capital e 25,6% das ações em "free float". A construtora detém 1,99% de ações próprias.

Assim, descontando as ações próprias, a familia Mota soma direitos de voto de 40,8%, a CCCC tem 33,07% e encontram-se dispersos os restantes 26,12%.

A liquidação financeira das ações subscritas no exercício dos direitos de subscrição bem como das ações atribuídas em rateio deverá ocorrer a 27 de maio e a empresa estima que a admissão à negociação ocorra a 31 de maio.
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