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Mota-Engil cria joint venture para concorrer a obras na Nigéria

O grupo português formalizou esta terça-feira a entrada num novo mercado africano, numa parceria com a nigeriana Shoreline. O objectivo é participar em concursos de infra-estruturas. Em aberto está a entrada em novas áreas de negócio como o tratamento de resíduos.

A construtora apresentou perspectivas favoráveis para África e Portugal. No continente africano, a carteira de encomendas atingiu máximos com novos projectos em vários países. Para Portugal, a expectativa é de recuperação, com destaque para os concursos previstos para o novo aeroporto e um novo hospital em Lisboa e as licenças para a construção de novos hotéis na capital e no Porto. A recomendação é de 'neutral' e o preço-alvo de três euros.
10 de Julho de 2018 às 11:18
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A Mota-Engil e o grupo nigeriano Shoreline celebraram esta terça-feira, 10 de Julho, um acordo para a constituição de uma joint venture para operar naquele país africano, anunciou a empresa portuguesa em comunicado.

A joint-venture, que formaliza a entrada do grupo liderado por Gonçalo Moura Martins (na foto) neste país, terá a designação Mota-Engil Nigeria Limited, e será detida em 51% pela Mota-Engil Africa e em 49% pela Shoreline, adianta ainda o grupo, acrescentando que o Emir de Kano será o presidente.


O acordo foi assinado por Manuel Mota, CEO da Mota-Engil Africa, e Kola Karim, fundador e CEO da Shoreline Group, durante a Conferência EurAfrican, que decorreu no Centro de Congressos do Estoril sob o Alto Patrocínio da Presidência da República Portuguesa.

"A Mota-Engil Nigéria terá como foco da sua actividade a execução de contratos de construção, ambicionando tornar-se um operador de referência neste sector, tendo por objectivo concorrer aos principais concursos de infra-estruturas e construção a ocorrer nos próximos anos na Nigéria", diz ainda a empresa portuguesa no comunicado.

Segundo é referido, os accionistas da Mota-Engil Nigéria perspectivam ainda "diversificar investimentos e, assim, fortalecer e desenvolver as relações existentes com os seus parceiros e clientes, procurando potenciar as suas forças combinadas em outras áreas de negócio como a gestão e tratamento de resíduos, podendo assim alavancar o conhecimento e experiência e maximizar o potencial da empresa".

Citado no comunicado, Manuel Mota salienta que a celebração do acordo "é o culminar de vários meses de conversações entre as empresas para a concretização do que se pretende que seja um relacionamento frutífero para actuar num mercado com uma preponderância determinante no desenvolvimento do continente africano, tal é a relevância da economia nigeriana, um dos países com maior potencial de crescimento num mercado com cerca de 190 milhões de habitantes e uma das maiores populações jovens no mundo."

Já o CEO da Shoreline, também citado no comunicado, refere que a ambição é a de desenvolver projectos de engenharia e construção de dimensão no país. "Adicionalmente, iremos procurar identificar e participar em projectos de concessões de acordo com as iniciativas público-privadas que venham a ser lançadas", acrescenta.


Segundo é explicado no comunicado, a Shoreline Group é um conglomerado africano com base na Nigéria, com investimentos na indústria de Oil & Gas, Energia, Engenharia e Construção, Telecomunicações e Trading, sendo um dos principais grupos económicos na Nigéria e com investimentos em outros países africanos como Angola, Uganda, Quénia, Gana e Libéria, assim como na Europa (França, Alemanha e Reino Unido) e Ásia.

 

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