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Mota-Engil com prejuízo de 5 milhões no primeiro semestre

O impacto da covid-19, sobretudo em África e América Latina, penalizou os resultados da Mota-Engil, que viu o volume de negócios recuar 14% até junho, tendo passado a prejuízos com o registo de provisões e imparidades. Já a carteira de encomendas atingiu o valor recorde de 5,5 mil milhões de euros.

A Mota-Engil, liderada por Gonçalo Moura Martins, tem cerca de 32 mil trabalhadores, dos quais 25 mil lá fora.
Mariline Alves
27 de Agosto de 2020 às 07:42
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A Mota-Engil registou no primeiro semestre deste ano um prejuízo de 5 milhões de euros, o que compara com lucros de 8 milhões no mesmo período de 2019, de acordo com um comunicado do grupo à CMVM.

No primeiro semestre, o volume de negócios recuou 14% para 1.157milhões de euros, tendo o EBITDA caído 26% para 144 milhões. A margem EBITDA diminuiu 2 pontos percentuais para 12%.

De acordo com a Mota-Engil, o impacto da covid-19 foi contabilizado em 280 milhões de euros no volume de negócios e de 45 milhões no EBITDA.

Já a carteira de encomendas atingiu, no semestre, um valor recorde na história do grupo de 5,5 mil milhões de euros;

O grupo salienta na mesma nota que o primeiro semestre foi "fortemente influenciado pelo contexto da pandemia", explicando que para o valor do resultado líquido, de menos 5 milhões de euros, "pesou o registo de 16 milhões de euros contabilizados como provisões e perdas de imparidade de modo a acautelar os efeitos negativos provocados" pela covid-19.

A Mota-Engil explica que para o grupo "o maior impacto foi sobretudo nos mercados africanos e de forma ainda mais marcante na América Latina", sublinhando por outro lado "o valor muito positivo de adjudicações" durante este período, o qual representou cerca de 1.300 milhões de euros. Desta forma, a carteira de encomendas totalizou 5.491 milhões de euros, dos quais 760 milhões na área do ambiente.

Por região, a Mota-Engil registou um crescimento de 12% do volume de negócios na Europa, com "Portugal a manter-se em linha com o período homólogo, suportado sobretudo por projetos privados na área da engenharia e construção", salienta, acrescentando que a Polónia foi o mercado que teve o maior crescimento neste período, de 62%.

Em África o grupo teve um decréscimo da sua atividade de 15% e uma redução do EBITDA de 24%, enquanto na América Latina foi onde sentiu o maior impacto na sua atividade, ao reduzir o volume de negócios em 33% e o EBITDA em 55%.

O investimento (Capex) situou-se em 94 milhões de euros, menos 13 milhões face ao período homólogo. Já a dívida líquida aumentou em 34 milhões de euros face a dezembro último, para 1.248 milhões de euros, facto justificado "pelo investimento realizado no período e que pretende de futuro gerar um aumento nos próximos anos do cash-flow operacional a gerar com os novos contratos em áreas fora do negócio da construção".

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