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Lucros da Mota-Engil sobem 154% para 30 milhões até junho

O grupo liderado por Carlos Mota dos Santos obteve um volume de negócios recorde de mais de 2,5 mil milhões de euros no primeiro semestre e prevê agora atingir os 5 mil milhões no final do ano. O crescimento na América Latina superou os 200%.

O grupo liderado por Carlos Mota dos Santos assinou novos contratos.
João Cortesão
31 de Agosto de 2023 às 00:02
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A Mota-Engil registou um resultado líquido de 30 milhões de euros na primeira metade deste ano, o que representa um aumento de 154% face aos lucros apresentados no mesmo período de 2022 (12 milhões), e que é "o melhor dos últimos sete anos num primeiro semestre".

Em comunicado à CMVM, a empresa liderada por Carlos Mota dos Santos (na foto) salienta o valor recorde do volume de negócios, que atingiu 2.558 milhões de euros, mais 89% face aos 1.354 milhões anunciados há um ano. Um valor muito próximo do alcançado no conjunto do ano de 2021 (2.592 milhões).


Para este crescimento, a Mota-Engil destaca que todas as áreas de negócio apresentaram um crescimento mínimo de duplo digito no primeiro semestre, tendo o negócio core de engenharia e construção apresentado um acréscimo de 104%.

O EBITDA do grupo atingiu os 352 milhões de euros, superando o anterior máximo num primeiro semestre que era de 207 milhões de euros, em 2022, tendo o crescimento sido da ordem dos 70%.

O investimento (Capex) ascendeu a 187 milhões de euros, "de modo a suportar o forte crescimento registado na atividade", dos quais 68% destinou-se a contratos de médio e longo prazo. Na primeira metade de 2022 o investimento tinha sido de 108 milhões.

"O grupo Mota-Engil conseguiu conciliar um forte crescimento operacional com o foco na rentabilidade e geração de caixa - no valor de 174 milhões de euros, mais 22% face ao período homólogo -, o que permitiu no primeiro semestre manter o rácio de dívida líquida/ EBITDA abaixo de 2x", um objetivo que tinha previsto atingir apenas em 2026, mas que tem alcançado nos últimos dois semestres.

O grupo manteve ainda na primeira metade do ano a sua carteira de encomendas nos níveis recorde de 12,6 mil milhões de euros atingidos em dezembro, "a que se somam os cerca de 2 mil milhões de euros de novos contratos assinados depois de junho", faz notar.

Com base nestes resultados, a Mota-Engil anunciou também uma revisão em alta das suas previsões para 2023. Inicialmente a construtora previa um crescimento do volume de negócios de mais de 20% este ano, estimando agora atingir os 5 mil milhões de euros no final de 2023.

 

América Latina cresce 208%

 

Por área de negócio o grupo destaca a Engenharia e Construção, que mais do que duplicou (104%) o volume de negócios para 2.289 milhões de euros.

Só na América Latina o crescimento chegou aos 208%, passando o grupo a faturar 1.326 milhões na primeira metade deste ano, quando no mesmo período de 2022 se ficava pelos 430 milhões.

Já em África o aumento do volume de negócios foi de 50% para 676 milhões, com Angola, Moçambique e Nigéria como os principais mercados.

 

Na Europa o acréscimo do volume de negócios ficou-se pelos 16% para 291 milhões de euros, sendo o mercado português responsável por 70% da atividade neste continente.

No que respeita ao negócio do Ambiente, a Mota-Engil salienta o crescimento de 16% no volume de negócios, que atingiu os 254 milhões de euros.


Já as áreas de negócio concentradas na Mota-Engil Capital e MEXT alcançaram uma subida de 33% para 64 milhões de euros.

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