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Estado espanhol deve capitalizar dívida da Duro Felgueras. Ações disparam 15%

Os investidores ficaram animados com as notícias de que gestora das participações do Estado espanhol pode vir a converter a dívida de 120 milhões de euros da Duro Felguera em ações ainda esta quarta-feira.

Sergio Perez/Reuters
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As ações da espanhola Duro Felguera, participada da Mota-Engil, chegaram a disparar mais de 15% em bolsa esta manhã, depois de o Europa Press ter noticiado que a empresa especializada nos setores energético e industrial acredita que a Sociedad Estatal de Participaciones Industriales (Sepi) pode oficializar esta quarta-feira a sua decisão de capitalizar a dívida da empresa.

A Duro Felguera avançou, em meados de dezembro, com um pedido de proteção contra credores na sequência de um processo instaurado pela argelina Sonelgaz, que reclama o pagamento de 413 milhões de euros. Como parte de um eventual plano de restruturação, a empresa considera ser "essencial" que a Sepi converta a dívida de 120 milhões de euros que a Duro Felguera tem à gestora das participações do Estado espanhol em ações.

A decisão pode vir a ser tomada esta quarta-feira numa reunião do conselho de administração da empresa, na qual a Sepi tem dois lugares. "Trata-se de uma reunião normal durante o processo de pré-falência", contaram fontes próximas da empresa à Europa Press. Caso a entidade estatal avance com a conversão de dívida em ações, vai passar a ter uma posição maioritária no capital da empresa, de acordo com o jornal espanhol El Confidencial.

A Mota-Engil detém diretamente 12% da Duro Felguera, depois do acordo celebrado em 2023 em que a Mota-Engil México – na qual controla 51% - concedeu um empréstimo de 40 milhões de euros à espanhola. Se a empresa acabasse em insolvência, a Mota-Engil perderia no máximo os 20 milhões do investimento que realizou nesta participada. No seguimento do pedido de proteção contra credores, a construtora nacional garantiu aos analistas que não estava disponível para colocar mais dinheiro na Duro Felguera.

Em janeiro, a empresa espanhola decidiu abandonar um projeto que estava em construir em Sines para a italiana Maire Tecnimont, ligado ao negócio do hidrogénio, alegando que os termos do acordo não eram financeiramente benéficos para o grupo.
 

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