O Ministério Público Federal brasileiro deduziu acusação a 36 pessoas no âmbito do escândalo de corrupção associada à Petrobras. Designada operação "Lava Jato, constam da acusação 23 gestores ligados a seis grandes construtoras brasileiras – Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Engevix, OAS, UTC e Mendes Junior –, e que, segundo os jornais brasileiros, integravam o chamado "Clube do Bilhão", o alegado cartel formado para partilhar contratos públicos. 

Também foi acusado o ex-director da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o cambista ("doleiro") Alberto Youssef, que alegadamente funcionava como pivô do esquema. De acordo com a Veja, os dois terão ajudado à investigação em troca de possível redução de pena. 

O Ministério Público brasileiro admite que os desvios possam chegar aos mil milhões de reais (380 milhões de euros). Foram detectados, segundo o procurador, citado pelo Estadão, 154 actos de corrupção e 105 de lavagem de dinheiro. Os acusados são suspeitos de lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa. O Ministério Público considerou que, neste esquema, a Petrobras terá sido uma "vítima".