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Construção em Portugal continua a perder produção

O índice de produção na construção recuou em Agosto, mantendo um comportamento que tem marcado o sector há mais de sete anos.

Bruno Simão
12 de Outubro de 2015 às 13:26
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Desde Março de 2008 que o volume de construção continua a cair. Em Agosto de 2015, esta continuou a ser a tendência registada.

 

"O índice de produção na construção apresentou, em Agosto, uma variação homóloga de -2,1%", aponta o destaque publicado esta segunda-feira, 12 de Outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O índice ajustado dos efeitos de calendário e da sazonalidade apresenta uma leitura de 55.

 

Em Julho, a queda homóloga tinha sido de 2% e, em Junho, de 2,5%. Para a variação negativa de Agosto contou tanto a descida de 2,1% da construção de edifícios como a de 2,1% da engenharia civil (construção de pontes, por exemplo).

 

Há mais de sete anos que a diminuição da produção na construção é uma realidade, sendo que até Junho de 2014 a grande maioria das quedas homólogas eram superiores a 10%. A crise financeira, que limitou o crédito concedido, nomeadamente para construção de imobiliário, e a paralisação do investimento estatal contribuíram para o desempenho do sector. Muitas das construtoras tiveram de centrar o seu negócio fora do país para conseguirem sobreviver.

 

As quebras registadas nos meses de Verão, que antecederam as eleições legislativas de 4 de Outubros (período marcado por incerteza no sector da construção), foram mais intensas do que as registadas entre Março e Maio.

 

Em termos de emprego e de remunerações, a construção também recuou em Agosto, ainda que a níveis mais baixos que os do ano anterior. O índice de emprego desceu 2,4% em Agosto, menos que a queda de 3,8% do mês anterior. Já o índice de remunerações fixou-se numa diminuição de 2,5%, abaixo da quebra de 3,8% anterior.

 

Na comparação mensal, o índice da construção cedeu 0,1% em Agosto, com a construção de edifícios em terreno positivo, ao contrário das obras de engenharia civil. Neste campo, a variação mensal do emprego foi nula enquanto a das remunerações foi a de uma descida de 7,3%. 

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