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A empresa que constrói as fábricas das multinacionais fatura mais de 100 milhões
Os clientes internacionais, como a Mercadona, a Logicor ou a BorgWarner, representam cerca de metade do volume de negócios da tirsense Garcia Garcia, na mesma família há quatro gerações.
Começou por se dedicar à construção de chaminés de fábricas da indústria têxtil, no final do século XIX, mas é com a quarta geração da família aos comandos que, nas últimas duas décadas, especializou-se na construção de unidades para o setor industrial e logístico – sobretudo para multinacionais –, áreas que valem três quartos da sua faturação.
"Em termos de peso, os clientes internacionais representam cerca de 50% do volume de negócios da construtora", garante a Garcia Garcia, que fechou 2023 com receitas de 104,4 milhões de euros, naquele que foi o seu segundo melhor ano de sempre, ficando a meia dúzia de milhões das registadas no exercício de 2022.
"Não obstante um ligeiro decréscimo face a igual período homólogo e que se justifica pela atual conjuntura económica nacional e internacional, a construtora manteve em 2023, pelo segundo ano consecutivo, um volume de negócios acima dos 100 milhões de euros", enfatiza a Garcia Garcia, em comunicado, realçando o seu contributo na "atração de investimento direto estrangeiro".
No ano passado, a Garcia Garcia assumiu obras para multinacionais como o novo centro logístico da Mercadona em Almeirim, a nova unidade industrial da BorgWarner em Viana do Castelo, o centro logístico da Logicor em Santo Tirso, a nova fábrica tirsense da Weg, o novo "retail center" em Santo Tirso ou o novo centro tecnológico da Kantar em Matosinhos.
"Apesar do 'core business' da empresa ser o 'design and build' na área industrial e logística, temos continuado a investir no mercado com promoção de alguns projetos residenciais, assim como com projetos de escritórios, indústria e logística, aproveitando oportunidades ao nível do 'build to rent'", sinaliza Miguel Garcia, administrador da Garcia Garcia.
"Paralelamente, temos investido no desenvolvimento de parques industriais, direcionados para acolher projetos de grande dimensão", acrescenta.
Para além da expansão do Parque da Ermida, em Santo Tirso, para 110 hectares, está a trabalhar num novo parque que, acredita Miguel Garcia, "virá a ser a referência na zona Norte na próxima década".
"Será um futuro EcoParque Industrial que, para além da capacidade instalada e dimensão, subscreverá os mais exigentes normativos de sustentabilidade e ambientais", afiança o mesmo empresário.