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Retalhistas prevêem que Natal não "salve" o ano
Mercado deve encerrar, no total, a cair 2% face a 2011, com o sector não alimentar a registar quebra de 6% nas vendas.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) acredita em 2012 o mercado cairá 2% em vendas alimentares e não alimentares, globalmente. “A perspectiva para o Natal [a época em que o sector mais vende durante o ano] é de quebra de vendas, quer face ao [inicialmente] previsto, quer face a 2011”.
O “pico do consumo não será suficiente”, acredita a directora-geral da associação, Ana Isabel Trigo de Morais, para inverter a tendência do ano. Que até agora foi de queda. O quarto trimestre do ano, estima a APED, deverá saldar-se por uma subida de 1% no total do segmento alimentar (também sustentado pela inflação) e de uma quebra de 6% no segmento não alimentar.
A directora-geral da associação acredita que o “consumidor vai consumir produtos tradicionais da época” natalícia, ou seja irá desviar recursos para os produtos alimentares, garantindo a “mesa” habitual nesta época. Mesmo que para isso não recorra a “produtos exactamente iguais”, já que Ana Isabel Morais destacou o fenómeno cada vez mais frequente de “trading down”. Ou seja, “passar da carne de vaca para a de porco, depois para os enchidos e por fim para os enlatados.
No comércio de produtos não alimentares, as previsões da APED contabilizam em 11% o decréscimo com que a linha branca de electrodomésticos (frigoríficos, máquinas de lavar roupa e loiça) irão acabar o ano, de 10% nos pequenos electrodomésticos e de 16% na área de entretenimento.
Entre Julho e Setembro de 2012, de acordo com o barómetro da APED (com base nos dados recolhidos pela AC Nielsen, GfK e Kantar), o volume de vendas no sector da distribuição em Portugal caiu 1,5% em Portugal, para 6,2 mil milhões de euros.