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Distribuição não alimentar vende menos 141 milhões no trimestre

Vendas de equipamento registaram descidas de 12,4% no volume e de 1,7% no preço médio. Pela primeira vez houve queda na venda de medicamentos.

19 de Dezembro de 2012 às 15:34
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Entre Julho e Setembro de 2012, o segmento não alimentar da distribuição a operar em Portugal registou menos 141 milhões de euros nas suas caixas registadoras. Uma quebra de 5,8% face a igual período de 2011, de acordo com o barómetro apresentado esta quarta-feira pela APED (com base nos dados das consultoras AC Nielsen, GfK e Kantar). Volume de vendas recuou assim de 2.448 milhões para 2.307 milhões de euros.  

 

Todos os grandes grupos registaram quedas, alguns deles de dois dígitos. Apenas se verificou uma subida expressiva, salientou esta quarta-feira a direcção da associação sectorial: a área das telecomunicações, onde as vendas aumentaram 9,4%, para 55 milhões de euros, o que foi justificado essencialmente pela venda de “tablets” e de “smartphones”.

 

Preços médios sofrem corte

De resto, o panorama é de quebras de vendas no terceiro trimestre. No geral, os bens de equipamento registaram perdas de 4%, para 479 milhões de euros de vendas, com a Linha Branca (electrodomésticos como frigoríficos, e máquina de lavar roupa e louça), a sofrer uma descida de 12,4% no volume de vendas (para 113 milhões de euros) e de 1,7% no preço médio.

 

Uma situação que Ana Isabel Trigo de Morais considerou um “problema grave”: o facto de, em certas categorias de produtos, “mesmo com esforço promocional não se conseguir segurar as vendas, que caem, como o preço”. Este é, para a directora-geral da APED, um “sinal de que o consumidor não tem dinheiro para estas categorias”, resumiu.

 

Nos pequenos electrodomésticos, a queda das vendas foi de 9,8%, para 47 milhões de euros, acompanhado de uma descida, uma vez mais, de 5,4% do preço médio. A mesma responsável recordou que o grande crescimento de uma das categoraias mais importantes deste grupo, as máquinas de café para consumo no lar, já tinha passado. As pessoas agora “estão a comprar as cápsulas”, afirmou, o que explica a quebra de 39,3% nas vendas de máquinas de café entre Julho e Setembro deste ano, face ao período homólogo.

 

Queda semelhante, de 33,9%, foi registada na venda de consolas, no sub-grupo do entretenimento, que, no total registou menos 16,8% de volume vendido no terceiro trimestre deste ano, recuando de 82 para 68 milhões de euros.

 

Vestuário e medicamentos menos vendidos

Um dos sectores mais penalizado na área não alimentar (também pelo peso que tem) foi o segmento do vestuário, que registou menos 44 milhões de euros no período. As vendas caíram 8,35, para 487 milhões de euros, face ao período de Julho a Setembro de 2011.

Já na área de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), “pela primeira vez houve uma queda”, o que significa que “as famílias pouparam naquela que é uma área de saúde e bem-estar”, explicou Ana Isabel Morais. A descida foi de 0,9%, para 107 milhões de euros.

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