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Lucros semestrais da Jerónimo Martins caem 29% para 253 milhões

A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos faturou 16,3 mil milhões de euros na primeira metade do ano, uma subida face ao período homólogo.

Miguel Baltazar
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A Jerónimo Martins lucrou menos 29,1% no primeiro semestre, face ao mesmo período do ano passado, atingindo os 253 milhões de euros, informou a empresa em comunicado à CMVM. Este valor incorpora a dotação inicial de 40 milhões de euros da recém-criada Fundação Jerónimo Martins.

Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 3,5% para mil milhões de euros (embora haja uma quebra de 3% a taxas de câmbio constantes), enquanto as vendas subiram 12,3% para 16,3 mil milhões de euros (+5,5%, a taxas de câmbio constantes). A margem caiu para os 6,4% (tinha sido 6,9% um ano antes).

Por outro lado, a dívida líquida ficou nos 3,2 mil milhões, uma escalada de 37,3% face aos 2,3 mil milhões que tinham sido registados no período homólogo.

Pingo Doce sobe vendas

Em Portugal, o Pingo Doce teve vendas de 2,4 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 5,9% face a um ano antes, enquanto o "like for like" (comparação de realidades similares, sem contar com novas aberturas de lojas), aumentou 6,1% neste primeiro semestre.

O grupo sublinha que "a insígnia operou com deflação no cabaz, sendo notório o contributo do forte aumento de volumes registado nestes primeiros seis meses do ano".

Relativamente aos últimos três meses, sinaliza a incorporação de "um efeito negativo de calendário relativo à ausência de Páscoa no período", levando a que as vendas tenham crescido 3,7%. No "like for like" a subida é de 3,1%.

O Pingo Doce inaugurou quatro lojas nestes primeiros seis meses (tendo hoje mais três do que há um ano), e remodelou 41 lojas.

O EBITDA ficou em 132 milhões de euros, "2,4% acima do mesmo período do ano anterior, tendo a respetiva margem atingido 5,5%", uma queda de 0,2 pontos percentuais face ao primeiro semestre de 2023. "O investimento em preço e a inflação registada nos custos pressionaram a margem EBITDA no período", justifica a Jerónimo Martins.

Quanto ao Recheio, teve uma faturação de 645 milhões de euros, mais 2,1% face aos primeiros seis meses do ano passado. E um EBITDA de 30 milhões de euros, uma quebra de 6,8%. A margem, neste caso, fixou-se em 4,6%, uma redução face aos 5,1% de há um ano.

"O desempenho do canal HoReCa [que abrange Hotelaria, Restauração e Cafetaria] tem refletido o impacto negativo da fragilidade do consumo interno no 'out-of-home'", pode ler-se no comunicado.

"Ainda assim, e apesar dos bons resultados registados nos anos anteriores, o Recheio, nos primeiros seis meses do ano, voltou a crescer o número de clientes em todos os segmentos da operação, tendo também aumentado as parcerias na rede de lojas Amanhecer, que, no final de junho, contava com 651 estabelecimentos", acrescenta.

Ainda sobre Portugal, a empresa sublinha que a inflação alimentar foi de 1,7% neste último semestre e de 2,2% no segundo trimestre, com os consumidores a manterem "um comportamento conservador, valorizando as oportunidades promocionais".

"Persistem sinais de pressão sobre as famílias relacionados com taxas de juro e impostos elevados, esperando-se, por isso, que o consumo se mantenha pouco dinâmico ao longo do resto do ano", indica ainda a Jerónimo Martins.

Última atualização: 19h09

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