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Lucro da Jerónimo Martins cresce 3,5% para 302 milhões

A Jerónimo Martins lucrou 302 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, uma subida de 3,5%. As vendas aumentaram 6,7%, para os 13,7 mil milhões de euros. O grupo reviu em baixa o investimento previsto para este ano, de 700 a 750 milhões para 650 milhões de euros.

A melhoria da economia polaca deverá continuar a beneficiar a Jerónimo Martins, nomeadamente na evolução das receitas este ano, embora o aumento da concorrência represente um factor negativo. O CaixaBI tem uma recomendação de 'neutral' para a cotada, que tem na Colômbia o seu principal potencial de valorização.
Ricardo Castelo
23 de Outubro de 2019 às 17:16
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A Jerónimo Martins lucrou 302 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, uma subida de 3,5% face a igual período no ano passado, informou esta quarta-feira a retalhista.

As vendas aumentaram 6,7% para os 13,7 mil milhões de euros e o EBITDA cresceu igualmente 6,7%, para 757 milhões de euros.

A dona do Pingo Doce assinala que o investimento realizado até final de setembro totaliza 405 milhões de euros, dos quais 55% canalizados para a polaca Biedronka e 14% para a colombiana Ara.

No entanto, o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos reviu em baixa o investimento (Capex) a realizar este ano, que se cifra agora em 650 milhões de euros, valor que compara com os 700 a 750 milhões de euros anteriormente previstos. A empresa justifica a alteração com a prioridade dada "ao acelerar do crescimento LFL ("like for like") da Ara enquanto fator decisivo para a densidade de vendas e variável crítica para assegurar a rentabilidade da cadeia". Assim, foi revisto o calendário das aberturas de novas lojas na Colômbia, que deverão totalizar 110 estabelecimentos este ano em vez das estimadas 150 aberturas avançadas nas perspetivas para o ano.

As vendas da Biedronka, a principal insígnia do grupo, nos primeiros nove meses do ano ascenderam a 9.236 milhões de euros, um crescimento de 7%. Em moeda local, as vendas aumentaram 8,3%. Ainda na Polónia, a Hebe faturou 180 milhões de euros, mais 25%.

No mercado português, o Pingo Doce aumentou as vendas em 2,9%, para 2.912 milhões de euros, enquanto o "cash & carry" Recheio registou um volume de negócios de 757 milhões de euros, uma subida de 2,5%.

Na Colômbia, a rede de supermercados Ara registou vendas de 560 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 27,6%. Em moeda local as vendas aumentaram 34,8%.

Terceiro trimestre com subida de 8% no lucro

A Jerónimo Martins registou 121 milhões de euros de lucro no terceiro trimestre, mais 8% do que em igual período de 2018.

As vendas trimestrais do grupo retalhista aumentaram 8,7%, para 4.754 milhões de euros, enquanto o EBITDA avançou 8,6%, cifrando-se em 285 milhões.

Na Biedronka, as vendas do terceiro trimestre apresentam uma subida homóloga de 10,5%, para 3,2 mil milhões de euros, tendo o crescimento nas vendas "like for like" sido de 7,8%. Também no mercado polaco, a Hebe, cadeia de farmácias e drogarias, faturou 63 milhões de euros, uma subida de 26,4%, impulsionada pela abertura de novas lojas.

Em Portugal, o Pingo Doce registou vendas trimestrais de mil milhões de euros, um incremento de apenas 0,8%. Já no Recheio, as vendas no terceiro trimestre cresceram 3,4%, para os 291 milhões.

A colombiana Ara apresentou vendas no trimestre na ordem dos 204 milhões de euros, um aumento de 30,6%, com as vendas "like for like" a subirem "cerca de 20%".

(Notícia atualizada às 18:14 com mais informação)
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