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Jerónimo Martins e Sonae sobem no "ranking" das maiores retalhistas do mundo

A Jerónimo Martins e a Sonae subiram no 'ranking' global do retalho em 2017, face ao ano anterior, registando "uma evolução significativa da sua posição", revela hoje o estudo anual da Deloitte 'Global Powers of Retailing 2018'.

15 de Janeiro de 2018 às 14:39
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"A Jerónimo Martins é hoje o 56.º maior retalhista mundial (64.º na edição anterior), a sua melhor posição de sempre, fruto de um crescimento de cerca de 6,5% no seu volume de negócios, para o qual contribuíram todas as geografias e insígnias do grupo", lê-se no estudo.

 

Já a Sonae "ascendeu ao 167.º lugar (175.º na edição anterior), tendo os proveitos gerados pelo negócio de retalho ultrapassado, pela primeira vez, a fasquia dos cinco mil milhões de euros. Face ao ano anterior, as vendas cresceram mais de 12%, fruto de crescimento orgânico e de aquisições como a Salsa e a Go Natural", acrescenta.

 

"A subida de oito lugares no 'ranking' por parte de ambas as empresas é um marco assinalável, sobretudo por ocorrer num ano (2016) em que o euro se manteve relativamente estável face ao dólar norte-americano", considerou Pedro Miguel Silva, sócio da indústria de retalho e bens de consumo da Deloitte, citado em comunicado.

 

As receitas agregadas das 250 maiores empresas de retalho a nível mundial ascenderam aos 4,4 biliões de dólares no ano fiscal de 2016 (que corresponde ao exercício encerrado até Junho de 2017), o que representa uma subida de 4,1% face ao ano anterior, segundo o estudo 'Global Powers of Retailing 2018: Transformative change, reinvigorated commerce', da Deloitte.

 

Wal-Mart, Costco Wholesale, The Kroger, Schwarz Group e Walgreens Boots Alliance continuaram a liderar a classificação nesta edição do estudo e "as maiores alterações registaram-se nas restantes posições do 'top' 10, devido a uma combinação de factores que incluem crescimento orgânico, processos de aquisição e variações na taxa de câmbio".

 

A Amazon subiu do 10.º para o 6.º lugar, com receitas perto de 100 mil milhões de dólares (cerca de 82 mil milhões de euros, à taxa de câmbio actual), destacando-se também a "entrada da CVS Health para o lugar da Tesco, que deixa de estar entre os 10 maiores retalhistas do mundo", adianta o estudo.

 

O 'top' 10 representa 30,7% da receita total das 250 maiores retalhistas (30,4% na edição anterior).

 

"O retalho beneficiou de um clima económico favorável, com a generalidade das principais economias mundiais e emergentes a apresentarem crescimento. O sector enfrenta, contudo, ameaças significativas, como a crescente desigualdade no rendimento das famílias, a possível introdução de medidas proteccionistas em mercados como os Estados Unidos e o Reino Unido e o abrandamento das políticas monetárias expansionistas pelos principais bancos centrais", explicou, no comunicado, Luís Belo, sócio e líder da indústria de retalho e bens de consumo da Deloitte.

 

Outro dos destaques da 21.ª edição do estudo é que, pela primeira vez, em quatro anos, "os maiores retalhistas de moda e acessórios não lideram o crescimento das receitas, mas continuam a ser o sector mais rentável".

 

Entretanto, os retalhistas alimentares continuam a ser as empresas de maior dimensão, com uma média de receitas de 21,7 mil milhões de dólares (cerca de 22,2 mil milhões de euros), e com maior representatividade no 'ranking' (135 retalhistas representam mais de metade de 250 maiores empresas e dois terços das receitas agregadas).

 

O estudo identificou ainda as quatro principais tendências do sector: desenvolvimento de competências digitais de elevado valor; combinação de canais para recuperar o tempo perdido; criação de experiências em loja que sejam únicas e envolventes; e reinvenção do retalho com as mais recentes tecnologias.

 

"É um momento de transformação para o retalho. Capacitado pela tecnologia, o comprador está claramente no comando, mantendo-se constantemente conectado e estando mais habilitado do que nunca para conduzir a sua jornada de compra onde, quando e como quer", refere Pedro Miguel Silva, que acrescenta que, "perante a ameaça de disrupção, os retalhistas têm vindo a abraçar o omnicanal (físico e digital) como o padrão do processo de compra, dando aos consumidores mais informação, conveniência e variedade nos canais e momentos de contacto da sua escolha".

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