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Deco alerta para manipulação de preços na Black Friday

A associação reforça a necessidade das lojas divulgarem os preços praticados 30 dias antes da promoção para evitar casos de práticas comerciais lesivas.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Novembro de 2018 às 08:39
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A associação de defesa dos consumidores (Deco) alerta para a eventual manipulação de preços na Black Friday. Uma situação que, como destaca, não é generalizada, "mas põe em xeque a Lei dos Saldos e das Promoções e a Lei das Práticas Comerciais Desleais, pois leva o consumidor a acreditar que está a comprar com um desconto real, quando, na verdade, não está", refere em comunicado.

Para evitar este tipo de situações, que todos os anos geram uma onda de críticas, a associação reforça a necessidade das lojas divulgarem os preços praticados nos 30 dias anteriores ao desconto ou promoção anunciado, "para acabar com a manipulação de preços e práticas comerciais lesivas para os consumidores".

"Além das habituais e tradicionais épocas de saldos, assistimos, ao longo do ano, a campanhas de promoção como a mediática Black Friday que todos os anos movimenta milhões de euros. Mas não há ano em que não se registem vários relatos e denúncias, por parte dos consumidores, de falsos descontos ou de descontos menos interessantes que o anunciado, ou seja, de manipulação de preços dos produtos em promoção", relembra a Deco.

"Enquanto não são implementadas estas ou outras medidas que evitem estas práticas por parte das empresas, e para garantir que os consumidores fazem bons negócios, a Deco aconselha a que, antes da compra de um produto que implique um investimento mais avultado, se proceda a uma consulta ampla de preços, recorrendo à ferramenta de comparação e evolução de preços disponível no seu site".

A associação relembra que desde 2015 que acompanha o comportamento e evolução dos preços praticados, antes e durante as promoções. E "tem verificado a existência de oscilações dos preços, com aumentos em vésperas de épocas de promoções ou saldos".

Aliás, a Deco chegou mesmo a denunciar o caso à ASAE e à Direcção-Geral do Consumidor, em 2015, pedindo mais fiscalização e a respectiva sanção das infracções.

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