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Damm quer assumir o controlo da Pescanova
Está aberta uma guerra sem precedentes na Pescanova. A Damm, a cervejeira catalã e segunda maior accionista com um participação de 6,18%, está à procura de aliados contra o sócio maioritário da empresa, Manuel Fernández de Sousa, que detém uma participação de 14,4%.
A Damm, segunda maior accionista da Pescanova, está a tentar assumir o controlo da empresa, ao tentar convencer outros accionistas a venderem-lhes a sua participação, por estarem insatisfeitos com a gestão “demasiado pessoal” de Manuel Fernández de Sousa, segunda noticia o "El Economista".
Segundo informou no passado sábado o “El Correo Gallego”, Demetrio Carceller, presidente e accionista maioritário da Damm, teria já à sua disposição os meios necessários para tomar as rédeas na Pescanova, encontrando-se a negociar a aquisição de cerca de 10% das acções da empresa com outros accionistas.
A Damm pediu uma reunião extraordinária do conselho de administração para definir o rumo da empresa, aproveitando o momento de debilidade de Fernández Sousa, que não tem liquidez para efectuar os pagamentos de que a empresa precisa, e que, por isso, colocou a Pescanova ao abrigo dos credores.
Em sintonia com o dia de ontem, as acções da Pescanova continuam a recuperar 10,04% para 8,99 euros. De referir que a recuperação já esteve nos 16,89%. Ainda assim, esta segunda recuperação fica muito aquém da queda registada na segunda e na terça-feira, de cerca de 70%.
A empresa galega pôs em marcha o processo de renegociação da dívida depois de solicitar na semana passada o pré-concurso voluntário de credores, tendo já designado o banco americano de investimento Houlilhan Lokey como assessor financeiro, segundo informou o regulador de mercados de capital espanhol (CNMV).