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Bricomarché estreia em Lisboa loja a pensar no potencial do mercado urbano

O Bairro do Arco do Cego, em Lisboa, foi o local escolhido pela insígnia do Grupo Os Mosqueteiros para estrear a primeira loja urbana do país. Novo espaço resulta de um investimento de 2 milhões de euros.

10 de Fevereiro de 2022 às 09:44
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A Bricomarché abre esta quinta-feira uma loja no Bairro do Arco do Cego, em Lisboa, a primeira da insígnia do grupo Os Mosqueteiros a explorar um conceito "totalmente novo" direcionado para o potencial do mercado urbano. Se o "teste" for bem-sucedido, seguir-se-ão outras cidades, como Porto, Braga ou Coimbra.


O novo espaço, com uma área de 1.580 metros quadrados, resulta de um investimento na ordem dos dois milhões de euros.

"É um conceito totalmente novo, porque maioritariamente temos um conceito de loja pensado para zonas de periferia e até mais mais rurais e a própria gama está desenvolvida nesse sentido, mas agora queremos explorar o potencial do mercado urbano", explica o proprietário, ao Negócios.

"Esta vai ser uma loja piloto, a primeira deste tipo no país", enfatiza, adiantando que, se o teste correr bem, o modelo vai ser "certamente" replicado noutras cidades.

A mudança para a cidade implicou "desafios". "Por um lado, era um espaço já existente, ou seja, não pudemos construir e fazer à nossa medida e tivemos que nos ajustar, por outro, a própria gama também teve de ser adaptada, porque o público é completamente diferente", sublinha Nuno Teixeira, que é também proprietário de uma loja Bricomarché em Pombal. "Uma coisa é o que vendo lá, outra é o que vou vender aqui", reforça.

Além disso, a transferência para um meio urbano também mexe com a operação logística: "Estamos no centro da cidade e não podem entrar camiões, pelo que há muitas gamas de produtos, como cimento, tijolo ou 'plaudour' que trabalhamos nas nossas lojas, mas que aqui não conseguimos por não ter condições logísticas para o fazer, portanto, esta loja é completamente diferente das demais".

"Chama-se Bricomarché na mesma, mas até a própria insígnia foi pensada para uma zona urbana, para ser mais moderna, dinâmica e jovem", aponta o proprietário da loja que permitiu criar 16 postos de trabalho. "Esperamos poder contratar mais no futuro", diz.

Composta por dois pisos – um primeiro dedicado a compras do dia-a-dia (ferramentas, iluminação, decoração), e outro com as áreas dedicadas aos projetos (cozinha, casa-de-banho) - a loja oferece aproximadamente 16 mil referências, mas incorpora uma componente digital que permite aos clientes acederem a mais do dobro da oferta que têm nas prateleiras.

"Uma das novidades prende-se com a componente digital. Temos catálogos digitais que passam ao cliente a mensagem de que o que não encontram aqui podem encontrar nos quiosques espalhados pela loja, que pode encomendar que nós entregamos", realça Nuno Teixeira.

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