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BHS vai entrar em administração judicial
Depois da venda da cadeia de lojas ter falhado no último momento, o dono da BHS mandou uma carta aos 11 mil trabalhadores a informar que vai avançar com um pedido de administração judicial.
A Bristish Home Stores (BHS), uma das principais cadeias de lojas do Reino Unido, vai avançar esta segunda-feira, 25 de Abril, com um pedido de administração judicial. O anúncio foi feito pelo dono do grupo numa carta enviada aos 11 mil trabalhadores no domingo à noite, segundo a imprensa internacional.
"É com profunda tristeza que tenho de informar que, apesar de um enorme esforço da equipa, não conseguimos chegar a acordo para avançar com a venda da empresa", escreveu Dominic Chappell, dono do BHS, cadeia com 88 anos de vida.
O anúncio acontece depois das negociações de venda das lojas terem falhado no fim-de-semana. De acordo com a imprensa internacional, Dominic Chappell estaria a ultimar a venda da cadeia de lojas à Sports Direct, detida pelo milionário Mike Ashley.
Ainda não se sabe ao certo quantos postos de trabalho estarão em risco. Mas o eventual colapso da BHS representa outra dor de cabeça para o governo irlandês, onde emprega perto de mil pessoas, tendo em conta que está a braços com uma crise na indústria siderúrgica, estando em risco milhares de postos de trabalho.
A BHS é uma das principais e mais antigas retalhistas britânica. Abriu portas em 1928 vendendo na altura apenas roupa e artigos para a casa. Depois, foi alargando a sua oferta a mobiliário, electrodomésticos, entretenimento e até a produtos de alimentação.
Ao mesmo tempo, foi alargando a sua presença fora de portas, contando com cerca de 164 lojas Reino Unido e 74 em mercados internacionais.
Caso a BHS não consiga chegar a acordo com os credores e contornar a difícil situação financeira, será o maior colapso do sector do retalho no reino Unido desde que a Woolworths fechou portas, em 2008.
"Gostaria de dizer que foi um prazer trabalhar com todos vocês. Precisam de manter a cabeça erguida, têm feito um grande trabalho", acrescentou Dominic Chappell na carta que enviou aos 11 mil trabalhadores.