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Aped vê como "desajustada" criação de taxa sobre sacos plásticos

Inserida na proposta de reforma da “fiscalidade verde”, a taxa de 10 cêntimos por saco plástico é vista pela associação dos distribuidores como “lesiva” dos consumidores.

Correio da Manhã
10 de Julho de 2014 às 17:16
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A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que é actualmente presidida pela Sonae (Modelo Continente) e tem a Jerónimo Martins (Pingo Doce/Recheio) e a Auchan Portugal (Jumbo/Pão de Açúcar), já reagiu à possibilidade de criação de uma taxa sobre sacos plásticos, no valor de 10 cêntimos de euros, incluída na proposta de reforma de fiscalidade verde, divulgada esta quarta-feira, 9 de Julho.

 

Em comunicado emitido esta quinta, 10 de Julho, a direcção da APED defende: "a cobrança de 10 cêntimos parece-nos, no entanto, completamente desajustada". "Não podemos aceitar nem compreender que se crie um imposto sobre um saco de plástico que é quase três vezes o seu preço de custo", argumenta.

 

"A ser implementada esta medida, apenas vai lesar os consumidores, introduzindo mais um imposto que prejudica o consumo interno, que, como sabemos têm um impacto económico e de criação de emprego essenciais", afirma Ana isabel Trigo Morais, directora-geral da associação, citada na nota enviada à comunicação social.

 

A organização antecipa "efeitos negativos da criação de mais um imposto sobre o consumo e sobre os portugueses" e desconfia das "justificações" da reforma. "O que repudiamos é encapotar a criação de novas tributações e impostos sob o pretexto da proteção do ambiente", acrescenta a mesma fonte.

 

 "Os associados da APED estão alertados para a  questão da utilização dos sacos de plástico e desenvolvem campanhas de sensibilização dos consumidores há anos. Sempe houve um grande esforço e compromisso nesse sentido", defende ainda a associação, recordando a "iniciativa Saco Verde, lançada pela APED em 1998", que, diz, "regista um grande historial de sucesso" e  de "adesão por parte dos consumidores" – com "cerca de 11 milhões de sacos vendidos desde o seu lançamento".

 

"Por outro lado", acrescenta a direcção da APED em comunicado, "alguns associados têm já introduzido o pagamento simbólico dos sacos de plástico de forma a desincentivar uma utilização excessiva".

 

Tratando-se de um anteprojecto, conclui Ana Isabel Trigo Morais, "acreditamos que o Governo tem ainda a oportunidade de corrigir esta proposta".

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