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Wizink avança para saída de pessoal em Espanha. Portugal escapa à reestruturação
Em plena alteração accionista, o Wizink vai ser reestruturado. Haverá rescisões de em torno de 210 trabalhadores em Espanha. Portugal não sofre impacto.
O Wizink, banco especializado em soluções de crédito, está a avançar para uma reestruturação. A decisão vai implicar a saída de 210 trabalhadores em Espanha, sendo que não haverá consequências directas em Portugal.
"Este processo de reorganização da estrutura não terá impacto em Portugal. Refere-se apenas a Espanha", assegura a agência que faz a comunicação da instituição financeira.
A informação de uma reestruturação no Wizink foi transmitida em comunicado e avançada depois pela Europa Press.
O banco justifica com a resposta a necessidades em torno de um mercado cada vez menos estático. A diminuição das redundâncias, a automatização e a digitalização dos processos, aliadas a critérios regulatórios, explicam, na óptica do Wizink, a decisão.
Em Espanha, esta alteração vai determinar a saída de 210 funcionários, sendo que haverá agora negociações com os representantes dos trabalhadores para "alcançar a melhor solução para as duas partes".
Não haverá implicações no negócio no país. Não se sabe quantos funcionários tem o banco em Portugal, já que o grupo só divulga os valores para a operação na Península Ibérica: 1.350 trabalhadores.
A decisão ocorre quando estão em curso alterações accionistas. O fundo americano Värde Partners detém já 51% do capital do Wizink e vai adquirir a restante participação, que passou para o Grupo Santander aquando da resolução aplicada ao também espanhol Popular, até ao final deste ano. O Värde fica accionista único da Wizink, vendendo o negócio dos cartões de crédito e débito dos clientes do Popular para o Santander. Há dias, o jornal espanhol Cinco Días relatava a vontade do fundo de colocar parte do capital da instituição financeira em bolsa.
O grupo gere 3 mil milhões em saldos dos cartões de crédito em Portugal e Espanha.