Notícia
Vítor Bento: "A situação em Portugal não tem paralelo com as condições do SVB"
O presidente da Associação de Bancos sublinha que parte do problema do SVB, que caiu na sexta-feira, esteve na forma como a exposição à dívida pública é contabilizada, que é diferente da europeia.
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera que "a situação em Portugal não tem paralelo nas condições em que funcionava" o SVB, sobretudo na forma de contabilizar a exposição das instituições financeiras a títulos de dívida pública.
Questionado pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, Vítor Bento afirmou que o SVB funcionava num quadro muito diferente do europeu e português, "nomeadamente nos limites de liquidez que não eram aplicados àquele banco, e portanto a monitorização do desfasamento entre riscos no ativo e no passivo não era acompanhado como é acompanhado nas instâncias europeias".
Em Portugal, sustenta, a situação é diversa. "A exposição à dívida pública será cerca de 16%, e a exposição à dívida pública depende da forma como é contabilizada e esse foi problema do SVB", enfatizou.
"As perdas não estavam registadas nos resultados, eram perdas não realizadas e só tiveram de ser realizadas porque houve a corrida ao banco, que obrigou os bancos a venderem obrigações e a realizarem essas perdas", disse.
O representante dos bancos lembra que "em Portugal, além da exposição ser muito menor, de cerca de 16%, há várias categorias de investimento. Há aquele que está avaliado a justo valor, e portanto as perdas são diretamente refletidas no resultado e isso já se verificou em anos passados, há outras que consomem a base de capital e só uma parte - que eu não consigo dizer qual é a percentagem – em que as perdas não realizadas não estão devidamente refletidas".
"O que importa", realçou, "é qual é a percentagem que isso tem no resto, sobretudo face às responsabilidades, que foi o problema que aconteceu lá. Isto é, o facto de o banco ter de recorrer a esses ativos para satisfazer o levantamento dos depósitos é que provocou a ‘debacle’", explicou
Fatores que somados levam Vítor Bento à "convicção de que na Europa - e em particular em Portugal - não há paralelo na situação que desencadeou esta esta crise do SVB".
Questionado pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, Vítor Bento afirmou que o SVB funcionava num quadro muito diferente do europeu e português, "nomeadamente nos limites de liquidez que não eram aplicados àquele banco, e portanto a monitorização do desfasamento entre riscos no ativo e no passivo não era acompanhado como é acompanhado nas instâncias europeias".
"As perdas não estavam registadas nos resultados, eram perdas não realizadas e só tiveram de ser realizadas porque houve a corrida ao banco, que obrigou os bancos a venderem obrigações e a realizarem essas perdas", disse.
O representante dos bancos lembra que "em Portugal, além da exposição ser muito menor, de cerca de 16%, há várias categorias de investimento. Há aquele que está avaliado a justo valor, e portanto as perdas são diretamente refletidas no resultado e isso já se verificou em anos passados, há outras que consomem a base de capital e só uma parte - que eu não consigo dizer qual é a percentagem – em que as perdas não realizadas não estão devidamente refletidas".
"O que importa", realçou, "é qual é a percentagem que isso tem no resto, sobretudo face às responsabilidades, que foi o problema que aconteceu lá. Isto é, o facto de o banco ter de recorrer a esses ativos para satisfazer o levantamento dos depósitos é que provocou a ‘debacle’", explicou
Fatores que somados levam Vítor Bento à "convicção de que na Europa - e em particular em Portugal - não há paralelo na situação que desencadeou esta esta crise do SVB".