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Ulrich acredita que conseguirá centralizar em Lisboa serviços do CaixaBank

O presidente do BPI deixou elogios ao CaixaBank, entidade "altamente prestigiada" que lançou uma OPA. Ulrich diz que não teme saída de postos de trabalho de Portugal. 

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29 de Abril de 2016 às 14:33
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O presidente executivo do BPI considera que, concretizando-se a oferta pública de aquisição do CaixaBank, conseguirá trazer serviços da Catalunha para Lisboa. Serviços informáticos, compras, quase tudo o que são funções centrais podem ser feitas em localizações diversas.

 

Questionado sobre se com a OPA não serão esvaziados serviços do BPI em Portugal, Ulrich discordou. "A partir do momento em que o BPI faça parte do grupo CaixaBank, penso que todos aqueles que trabalham no BPI tudo farão para que aconteça o contrário: actividades, projectos e funções do conjunto CaixaBank que possam ser feitas a partir de Portugal", disse, acrescentando que será possível que aconteça até "mais do que hoje".

 

Fernando Ulrich começou por não querer exemplificar mas depois concretizou: "Serviços informáticos, compras, quase tudo o que são funções centrais podem ser feitas em localizações diversas".

 

Em relação à OPA, Ulrich afirmou que "é um privilégio para o BPI, para os que trabalham, para os clientes, para Portugal, que uma instituição deste gabarito tem esta intenção de reforçar a sua aposta em Portugal e no BPI", indicou o responsável do banco, que não quis comentar o preço oferecido na OPA, de 1,113 euros. "No momento apropriado, o conselho de administração vai pronunciar-se sobre a oferta. Não vou fazer comentários sobre as condições", deixou claro.

 

O CaixaBank é o maior accionista do BPI, com 44,1% do capital, e dispôs-se a comprar as restantes posições accionistas numa OPA, estando no capital do banco "desde Outubro de 1995", relembrou Ulrich, que diz mesmo que é uma entidade "altamente privilegiada".

 

A Santoro, de Isabel dos Santos, é a segunda maior accionista, com 18,6%. Contudo, neste momento, ambos têm um poder idêntico no BPI: os catalães apenas podem votar com 20% dos direitos, dados os limites impostos nos estatutos. A OPA só avança se esta blindagem cair, o que ficou facilitado com o decreto-lei que abriu as portas aos bancos para votarem essa decisão. 

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