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Troca de dívida do Novo Banco "será feita de forma a que a venda se conclua"
A operação de troca de dívida do Novo Banco vai ser desenhada de forma a que não seja entendida como "destruidora de valor" por parte dos investidores. "Oferta será feita de forma a que a operação de venda se conclua", garantiu Sérgio Monteiro.
A oferta de troca de dívida do Novo Banco, destinada a reforçar a solidez da instituição em 500 milhões de euros, será desenhada de forma a ter sucesso, permitindo que a venda do banco se concretize. "A oferta será feita de forma a que a operação de venda se conclua", adiantou o antigo secretário de estado dos Transportes.
"O esforço que está a ser feito é ter uma proposta [de troca] que valha por si e que não seja vista como algo que seja destruidor de valor" por parte dos detentores das obrigações. "Os obrigacionistas estarão sempre mais protegidos se tiverem um banco viável", sublinhou Sérgio Monteiro.
Este responsável considera "muito elevada a probabilidade de se concluir" com êxito a oferta de troca de dívida, já que "há preservação do valor essencial [investido pelos detentores das obrigações] e se retiram as dúvidas sobre a venda" do Novo Banco. Mas admitiu que se a operação "não se realizar, o mais provável é que a transacção [com a Lone Star] não se conclua".
Este responsável esclareceu que a "troca de dívida faz parte do acordo para benefício do Fundo de Resolução. Não foi imposição de nenhuma autoridade, mas foi bem-vinda pelas autoridades europeias, por permitir o 'burden sharing'. Está lá para ser menos provável o Fundo de Resolução injectar capital no Novo Banco e reduzir o risco de o Orçamento do Estado ser envolvido".
Sérgio Monteiro esclareceu ainda que a oferta ainda não avançou porque as providências cautelares interpostas contra o acordo de venda do Novo Banco exigiu que o Banco de Portugal tomasse posição, invocando o interesse nacional. "Até isso acontecer, não poderiam ser tomados quaisquer actos", justificou o coordenador da venda da instituição.