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Tesouro norte-americano e bancos de Wall Street juntam-se para combater ciberataques

O Project Fortress vai incluir um misto de ações defensivas e ofensivas contra as ameaças cibernéticas a uma instituição financeira.

Milhares de computadores foram afectados por software malicioso desde o ataque mundial de Maio, em que uma ferramenta roubada à NSA explorava fragilidades no Windows, bloqueando sistemas e pedindo resgates.
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Os principais "players" em Wall Street juntaram-se ao Departamento do Tesouro norte-americano com o objetivo de desenvolver ferramentas para impedir ciberataques ao setor financeiro dos Estados Unidos. A informação está a ser avançada pelo jornal Quartz e pela CNN.

A aliança público-privada, denominada de Project Fortress, faz parte dos esforços do Tesouro para reforçar a segurança e a resiliência dos setor financeiro, numa altura marcada por um aumento significativo de ataques informáticos.

O projeto vai incluir um misto de ações defensivas e ofensivas, incluindo o uso da equipa de segurança nacional do Tesouro - que inclui uma outra equipa responsável pelas sanções - e do ministério público que vão "tornar claro aos nossos adversários que enfrentam consequências pelos seus ataques", refere uma carta do vice-presidente do Tesouro Wally Adeyemo, a vários grupos financeiros, citado pelo Quartz.

Os bancos vão também ter oportunidade de participar numa ferramenta de "higiene cibernética" que analisa empresas de forma automática, procura vulnerabilidades nos sistemas informáticos e gera uma lista automatizada de ameaças a agências federais, parceiros internacionais e outras instituições financeiras.

Segundo a American Bankers Association, vão ser disponibilizadas ferramentas desenvolvidas pelo Tesouro para combater o crime cibernético.

"A mensagem para os maus atores que pretendem utilizar o ciberespaço para atacar as instituições financeiras norte-americanas é a seguinte: estamos a observar, estamos a proteger o sistema e iremos atrás de vocês", disse um oficial dos Estados Unidos em declarações à CNN.

Os bancos de todo o mundo registaram no ano passado o segundo maior número de violações de dados, de acordo com a SentinelOne. E a ameaça está a aumentar, com o número de ataques de "ransomware" a subir para 64% em 2023, quase o dobro dos 34% em 2021.

As perdas incorridas por organizações financeiras no ano passado totalizaram aproximadamente 5,9 milhões de dólares por incidente cibernético, estima a Positive Technologies.
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