Notícia
Supervisor dos seguros quer que companhias reforcem análise dos riscos
Autoridade dos Seguros e Fundos de Pensões alerta para agravamento dos riscos no setor. Produção aumentou 38% em 2021.
04 de Outubro de 2022 às 15:03
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) alerta as companhias para a necessidade de reforçarem a gestão e monitorização dos riscos devido ao contexto de inflação e subida das taxas de juro, que constitui um um "importante desafio".
No relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões relativo a 2021, a presidente da entidade destaca "riscos de desvalorização adicional dos preços dos ativos, com potencial impacto sobre a valorização das carteiras detidas pelas empresas de seguros e pelos fundos de pensões, e sobre a respetiva solvabilidade e níveis de financiamento", para além de "riscos associados aos menores rendimentos e, consequentemente, à menor capacidade de poupança dos particulares, que tenderá a repercutir-se numa menor geração de novo negócio e, eventualmente, num incremento dos resgates".
Margarida Corrêa de Aguiar salienta também o potencial "agravamento dos custos com sinistros dos ramos Não Vida mais expostos à inflação de sinistros".
Devido a esse agravamento, afirma, "torna-se fundamental [...] o reforço, pelos operadores, das suas medidas de gestão e monitorização dos riscos, incluindo a identificação e mitigação das vulnerabilidades específicas e a manutenção de níveis de fundos próprios prudentes e consentâneos com o quadro de incerteza".
Adicionalmente, a digitalização - acelerada com a pandemia - trouxe uma "cada vez maior dependência de soluções remotas e digitais nas operações diárias e na relação entre as empresas e os consumidores", o que por sua vez potencia o crescimento de riscos cibernéticos. Neste âmbito, a ASF já iniciou "um processo de monitorização dos riscos cibernéticos que contempla estas duas vertentes, tendo como objetivo o acompanhamento circunstanciado dos mesmos".
Produção cresceu 38%
O relatório mostra que em 2021 a produção de seguros em Portugal aumentou 38% face a 2020 para 12,4 mil milhões de euros, graças sobretudo ao ramo Vida.
O relatório sustenta a evolução positiva foi "influenciada pelo comportamento do ramo Vida que, após dois anos consecutivos de quebra, registou, em 2021, um aumento de 73,1%, alcançando um nível de produção próximo do registado em 2018", numa recuperação "justificada pela captação de um maior volume de investimento/poupança através de produtos de seguros ligados a fundos de investimento (‘unit linked’)".
Já a produção dos ramos Não Vida "manteve o padrão contínuo de crescimento registado nos últimos anos, com uma variação de 6% em 2021 face ao ano anterior".
No relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões relativo a 2021, a presidente da entidade destaca "riscos de desvalorização adicional dos preços dos ativos, com potencial impacto sobre a valorização das carteiras detidas pelas empresas de seguros e pelos fundos de pensões, e sobre a respetiva solvabilidade e níveis de financiamento", para além de "riscos associados aos menores rendimentos e, consequentemente, à menor capacidade de poupança dos particulares, que tenderá a repercutir-se numa menor geração de novo negócio e, eventualmente, num incremento dos resgates".
Devido a esse agravamento, afirma, "torna-se fundamental [...] o reforço, pelos operadores, das suas medidas de gestão e monitorização dos riscos, incluindo a identificação e mitigação das vulnerabilidades específicas e a manutenção de níveis de fundos próprios prudentes e consentâneos com o quadro de incerteza".
Adicionalmente, a digitalização - acelerada com a pandemia - trouxe uma "cada vez maior dependência de soluções remotas e digitais nas operações diárias e na relação entre as empresas e os consumidores", o que por sua vez potencia o crescimento de riscos cibernéticos. Neste âmbito, a ASF já iniciou "um processo de monitorização dos riscos cibernéticos que contempla estas duas vertentes, tendo como objetivo o acompanhamento circunstanciado dos mesmos".
Produção cresceu 38%
O relatório mostra que em 2021 a produção de seguros em Portugal aumentou 38% face a 2020 para 12,4 mil milhões de euros, graças sobretudo ao ramo Vida.
O relatório sustenta a evolução positiva foi "influenciada pelo comportamento do ramo Vida que, após dois anos consecutivos de quebra, registou, em 2021, um aumento de 73,1%, alcançando um nível de produção próximo do registado em 2018", numa recuperação "justificada pela captação de um maior volume de investimento/poupança através de produtos de seguros ligados a fundos de investimento (‘unit linked’)".
Já a produção dos ramos Não Vida "manteve o padrão contínuo de crescimento registado nos últimos anos, com uma variação de 6% em 2021 face ao ano anterior".