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Medina quer ASF a promover "ativamente" formas de financiamento da economia

Na abertura da conferência anual da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Medina defendeu que é "fundamental" que os seguros e fundos de pensões promovam "ativamente" formas de financiamento da economia e destacou o papel estabilizador e de "mitigação do risco" do setor segurador.

Em ano de travagem da economia, inflação ainda alta e subida das taxas de juro pelo BCE, Fernando Medina espera reforçar a almofada financeira e ter mais uma proteção orçamental.
José Sena Goulão/Lusa
Joana Almeida JoanaAlmeida@negocios.pt 17 de Novembro de 2022 às 10:22
O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu esta quinta-feira que é "fundamental" que os seguros e fundos de pensões promovam "ativamente" formas de financiamento da economia e que sua atividade nos últimos anos permitiu conter os "custos sociais e económicos" da pandemia da covid-19.

"É fundamental que o setor segurador e de fundos de pensões promova ativamente formas de financiamento da economia, contribuindo para a autonomia financeira do país e da UE", referiu o ministro, na abertura da conferência anual da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Fernando Medina salientou que, numa altura de "elevado risco e de rápida mudança" com a subida da inflação e a crise energética, o setor segurador e dos fundos de pensões "é chamado a desempenhar um importante papel estabilizador e de mitigação do risco". "Estou certo de que o procurará fazer. E, por isso, contamos com a atuação da ASF", frisou.

Para o governante, as melhorias na regulação e na supervisão e regulação financeira dos últimos anos, permitem "enfrentar os atuais desafios com confiança". Mas, sublinhou, que é necessário promover fatores de sustentabilidade e robustecer as exigência que se colocam na gestão do risco, como "a identificação de ciberacidentes e a realização de testes de resiliência".

Pandemia "reforçou confiança" no setor segurador, diz Medina
Nas "quatro décadas" de existência da ASF, o ministro entende que o regulador contribuiu, "com independência e profissionalismo", para "o desenvolvimento do setor, para a estabilidade financeira e para a proteção dos agentes envolvidos", e que essa "confiança e robustez" foram "reforçados nos anos de pandemia" da covid-19.

"A resposta articulada de Governos, autoridades monetárias e autoridades de supervisão, entre elas a ASF, conseguiu de forma eficaz proteger as famílias e as empresas, contendo os custos sociais e económicos de um evento único na nossa geração", destacou Fernando Medina.

Disse ainda que, durante a pandemia, a ASF provou ter "resiliência e capacidade de reação, nomeadamente na implementação de moratórias, na assunção de custos inesperados e na gestão de risco adaptada ao ciclo pandémico".

"[A pandemia] mostrou-nos também o papel fundamental de um supervisor moderno que vai além da regulação e da supervisão em sentido estrito, apoiando o desenho de políticas que salvaguardem os consumidores, a economia e os próprios operadores, procurando ao mesmo tempo alinhar expectativas e boas práticas no mercado", afirmou.
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